Presidente Lula realiza happy-hour com líderes e ministros no Palácio da Alvorada em gesto de aproximação com o Congresso

Na noite desta quinta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva promoveu um happy hour no Palácio da Alvorada, contando com a presença do presidente da Câmara, Arthur Lira, líderes de partidos da base e ministros como Fernando Haddad (Fazenda), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Luciana Santos (Ciência e Tecnologia). O encontro teve início por volta das 19h20, sendo um gesto de aproximação em meio a um momento de insatisfação do governo no Congresso.

No final do ano passado, o presidente vetou parte do valor destinado por parlamentares para emendas de comissão, o que gerou protestos por parte dos congressistas. Assim, o encontro no Palácio da Alvorada é uma tentativa de sinalização aos partidos, além de uma iniciativa para organizar a agenda do Executivo para o primeiro semestre do ano.

Há uma série de esforços do governo para ampliar a aproximação com o Congresso. Na última terça-feira, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, se encontrou com Arthur Lira na residência oficial da Câmara, em Brasília, antes do almoço de líderes. Por sua vez, o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, almoçou com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e os líderes do governo no Senado, Jaques Wagner e do Congresso, Randolfe Rodrigues.

Durante o encontro no Palácio da Alvorada, Lula expôs as prioridades do Planalto, incluindo a regulamentação da reforma tributária, programas para aumentar o acesso ao crédito, projetos relacionados à transição ecológica e a Medida Provisória (MP) que prevê a reoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia intensivos em mão de obra, além da redução de benefícios do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). Este último, por sinal, enfrenta resistência significativa entre os líderes.

O governo reconhece a importância de avançar na pauta econômica durante o primeiro semestre, já que as eleições municipais devem impor um ritmo diferente ao Congresso no segundo semestre. Mesmo contando com uma ampla aliança, o governo não possui uma base sólida para aprovar todas as pautas desejadas e, consequentemente, terá que negociar projeto por projeto, da mesma forma como fez no ano passado.

A conversa no Palácio da Alvorada também se desenrolou em meio a um contexto em que a oposição já conta com mais de 90 assinaturas para um pedido de impeachment de Lula, motivada pelas declarações do presidente em que comparou as ações militares de Israel na Faixa de Gaza ao extermínio de judeus promovido por Adolf Hitler durante o Holocausto.

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