Presidente do Peru nega crime e alega empréstimo de relógios de luxo de governador como erro e ato de boa vontade.

A presidente do Peru, Dina Boluarte, se viu envolvida em um escândalo de corrupção que abalou o país. Investigada por enriquecimento ilícito e omissão de declarações em documentos públicos devido à posse de uma coleção de relógios de luxo, Boluarte negou qualquer crime e afirmou que os relógios foram emprestados pelo governador de Ayacucho, Wilfredo Oscorima, a quem se referiu como “amigo e irmão”.

Durante uma coletiva de imprensa, a presidente admitiu ter aceitado os relógios como empréstimo, porém justificou que não os declarou por não serem de sua propriedade. Após prestar depoimento às autoridades do país por cinco horas, Boluarte enfrentou dois pedidos de destituição no Congresso. Ambas as moções foram rejeitadas, com a acusação de “incapacidade moral permanente” não sendo admitida.

O escândalo, apelidado de ‘Rolexgate’, levou à renúncia de seis ministros do Gabinete da presidente, que foram substituídos por novos ministros em uma tentativa de garantir apoio no Congresso. A reestruturação do gabinete visava amenizar a crise política desencadeada pela investigação.

A operação de busca na casa da presidente, realizada pela polícia em março, resultou na apreensão de oito relógios de menor valor, mas os modelos de Rolex mencionados ainda não foram encontrados. A presidente não conseguiu adiar uma diligência em que deveria apresentar os relógios e seus recibos de compra, o que gerou mais suspeitas sobre a origem dos itens de luxo.

Caso seja acusada, Dina Boluarte só poderá ser julgada após o término de seu mandato em 2026, mas a investigação pode continuar. A crise política no Peru pode culminar em um pedido de vacância no Congresso, levando à demissão da presidente sob a alegação de “incapacidade moral”. A situação política no país permanece turbulenta, com a população exigindo transparência e responsabilização dos líderes envolvidos em escândalos de corrupção.

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