O presidente ressaltou que nenhuma pauta-bomba, projetos que aumentam os gastos prejudicando o ajuste fiscal, foi tratada durante seu mandato. Ele questionou quais foram as medidas que trouxeram instabilidade para os governos, afirmando que nenhum governo, desde sua chegada à Câmara, teve melhores condições para governar o país do que as oferecidas atualmente.
Além disso, Arthur Lira mencionou a importância da reforma tributária como resultado do empenho de seu mandato, reforçando que as ações do Congresso, como a aprovação da PEC da Transição no final do governo Bolsonaro, contribuíram para a estabilidade fiscal e para o cumprimento das promessas de campanha de Lula.
Questionado sobre a possível instalação de CPIs para atrapalhar o governo, o presidente afirmou que será discutido com os líderes a viabilidade de criar uma comissão de inquérito em pleno ano eleitoral, levando em consideração o Regimento Interno da Casa. Ele criticou as especulações de que seriam instaladas cinco CPIs, destacando a necessidade de um acordo para decidir se essa medida será efetivada.
Sobre o acirramento político no Parlamento, Arthur Lira atribuiu à polarização da sociedade brasileira e defendeu a manutenção da liturgia na Casa. Ele também abordou a necessidade de limitar a atuação do Judiciário em questões legislativas, garantindo que cada Poder cumpra suas atribuições constitucionais.
Para encerrar a entrevista, o presidente comentou sobre as propostas que garantem as prerrogativas dos parlamentares em relação às ações do STF e sobre o processo de sucessão na presidência da Casa, destacando que a discussão sobre sua sucessão poderá começar a partir de agosto. Lira também esclareceu que não “enterrou” o PL das Fake News, mas que a falta de consenso entre os líderes impediu a votação da proposta.