Prejuízo na safra de cana-de-açúcar pode chegar a R$ 1 bilhão em Alagoas

Usineiros e fornecedores de cana-de-açúcar já sabem que a safra 2016/2017 será um desastre para o setor. As estimativas de produção vêm caindo e Alagoas deve repetir o ciclo da safra 93/94, na casa dos 16 milhões de toneladas.

Segundo a coluna do Wadson Regis, em agosto do ano passado a estimativa do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado (Sindaçucar-AL) era de 20 milhões de toneladas. Com a seca os números caíram para 16,5 milhões. A informação ainda não é oficial, mas a redução da brotação das socarias nos canaviais se aproxima dos 50%.

Os problemas enfrentados pelo setor sucroalcooleiro de Alagoas ganharam força com a crise financeira internacional, iniciada em 2008. As usinas perderam acesso aos créditos e diminuíram os investimentos nos canaviais, que ficaram envelhecidos e, consequentemente, reduziram a produtividade.

O problema enfrentado no setor não é apenas a estiagem. Falta capital e acesso às linhas de crédito. O ex-presidente da Associação dos Plantadores de Canas (Asplana-AL) Lourenço Lopes destacou o esforço do senador Renan Calheiros, em Brasília, como presidente do Congresso Nacional, mas diz que é preciso que o governo federal entre na discussão para evitar o colapso nas 17 usinas que estão moendo, em Alagoas.

Pelas estimativas mais recentes, só pelo que deixará de ser produzido, a perda financeira do setor canavieiro deve passar de R$ 1 bilhão.

A próxima safra é o que mais preocupa. Pedro Robério Nogueira, presidente do Sindaçúcar-AL, disse que o déficit mensal de chuvas nesta safra chegou 50%, mas em alguns meses houve déficit de 100% de chuvas, em relação à média histórica. “O volume final da moagem é preocupante por não ter um quadro de chuva no curso da moagem”, destaca o presidente do Sindaçúcar-AL.

Além da crise financeira que abalou o Grupo João Lyra, as usinas Porto Alegre e Sinimbu não moeram nesta safra.

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