Prejuízo de empresa de Eike mais que dobra em 2016, para R$ 1,4 bi

Prejuízo de empresa de Eike mais que dobra em 2016, para R$ 1,4 bi

A OSX Brasil, em recuperação judicial, registrou no ano passado um prejuízo consolidado de R$ 1,4 bilhão, atribuído aos acionistas controladores da companhia, mais do que o dobro (127%) em relação à perda de R$ 615,5 milhões entregue em 2015.

A OSX Brasil informou também ter registrado uma receita líquida consolidada de R$ 1,09 milhão, ante receita de R$ 188,7 milhões um ano antes, segundo o Terra.

A companhia atrasou a publicação das demonstrações contábeis de 2016 porque estava aguardando a conclusão da auditoria e revisão dos números, após a retirada do balanço das sociedades em que não exerce mais controle ou “influência significativa”, notadamente as sociedades controladas pela OSX Leasing Group.

O objetivo é que o balanço da OSX pudesse representar “de fato a atual situação financeira da companhia”, segundo comunicado. A decisão acompanha o decreto de falência da OSX-1 Leasing, em março.

O auditor independente que assinou o balanço foi a BDO RCS, que não emitiu uma opinião porque afirmou não ter sido possível “obter evidência de auditoria apropriada e suficiente” para fundamentá-la.

Os auditores, porém, destacaram ênfases no balanço, relacionadas à própria baixa contábil de atividades de subsidiárias e ao envolvimento da companhia na operação Lava-Jato da Polícia Federal.

No aviso ao mercado, a OSX afirma ainda que a retirada do balanço dessas subsidiárias terá efeito positivo nas demonstrações consolidadas, já que, entre outros aspectos, isso representa melhora no patrimônio líquido e redução das dívidas.

Eike

Acompanhia de construção naval também informou, em aviso ao mercado, que a condenação do empresário Eike Batista pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) foi uma decisão atribuída apenas a ele e não se estende à OSX.

Ontem, a CVM decidiu multar em R$ 21,328 milhões o empresário em caso que analisou o uso de informação privilegiada com ações da OSX. O valor corresponde a duas vezes o prejuízo evitado pelo ex-bilionário às vésperas da divulgação ao mercado de novo plano de reestruturação da companhia em 2013.

“Eventuais sanções administrativas, pecuniárias e encargos da condenação deverão ser suportadas exclusivamente pelo réu no processo”, afirma a companhia, no comunicado.

14/06/2017

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