A gravação, feita em 5 de julho de 2022, é uma das evidências apresentadas pelo STF como parte da Operação Tempus Veritatis, realizada pela Polícia Federal para investigar uma suposta organização criminosa envolvida em uma tentativa mal sucedida de golpe de estado em 8 de janeiro de 2023. A preocupação de Bolsonaro com uma possível vitória do candidato Luiz Inácio Lula da Silva é evidente no vídeo, onde ele cobra que seus ministros adotem discursos críticos às instituições e menciona a busca de apoio junto a embaixadores.
Bolsonaro deixa claro que as “providências” a serem tomadas não envolvem o uso da força, enfatizando que não se trata de empregar medidas extremas, mas sim de adotar um discurso alinhado ao seu. Ele também expressa a preocupação de que, se a reação ocorrer após as eleições, causaria um caos no Brasil.
Além disso, Bolsonaro faz menção a uma reunião com embaixadores, onde planeja adotar uma postura mais contundente, afirmando que, caso Lula alcance 51% dos votos, será necessário reagir para evitar um cenário de caos no país. O ex-presidente ainda expressa suspeitas sobre a atuação de ministros do STF e afirma que o Supremo decide “tudo” de forma arbitrária, prejudicando sua suposta vitória eleitoral.
A decisão do STF, citando o ministro Alexandre de Moraes, destaca que a investigação concluiu que a “organização criminosa” atuava para desacreditar o processo eleitoral, planejar e executar um golpe de estado e abolir o Estado Democrático de Direito, com o objetivo de manter seu grupo no poder. A investigação apontou cinco eixos de atuação do grupo, um dos quais voltado para atacar as instituições e a integridade do processo eleitoral.
Como resultado do vídeo divulgado pelo STF, Bolsonaro enfrenta críticas e novas questões sobre sua postura e suas intenções, além de debates sobre a validade do processo eleitoral e a segurança das urnas eletrônicas. A divulgação do vídeo certamente terá um impacto significativo no ambiente político do país.
