POLÍTICA – Presidente do Senado solicita acesso à lista de parlamentares supostamente monitorados ilegalmente pela Abin durante governo de Bolsonaro

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), tomou uma atitude decisiva nesta quarta-feira (31), ao enviar um ofício ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, solicitando acesso à lista de parlamentares supostamente monitorados ilegalmente pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo de Jair Bolsonaro.

Essa medida vem no contexto de uma investigação conduzida por Moraes que apura a utilização da Abin para monitorar ilegalmente adversários políticos do ex-presidente Bolsonaro, assim como o andamento de processos que tramitam contra ele e seus filhos.

No ofício enviado, Pacheco deixou claro que pretende ter acesso à lista para tomar medidas legais no Congresso Nacional, que ele preside. Ele destacou a importância de garantir o livre exercício do mandato e o sigilo das fontes dos parlamentares, ressaltando que tal monitoramento ilegal representaria uma clara afronta às prerrogativas parlamentares.

As ações de Pacheco vêm em meio a acontecimentos recentes relacionados a essa investigação. Na segunda-feira (29), o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) foi alvo de buscas da Polícia Federal em mais uma fase da operação que investiga a suposta atuação da chamada “Abin paralela”, com os mandados de busca autorizados por Alexandre de Moraes.

Além disso, na semana passada, o ministro também deu aval para buscas contra o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor-geral da Abin.

A atitude de Pacheco demonstra o clima de tensão e preocupação que tem cercado as instituições devido a essas denúncias de monitoramento ilegal. Sua iniciativa de buscar acesso à lista em questão reflete a necessidade de transparência e de garantir que a máquina estatal seja utilizada de maneira correta e dentro dos limites da lei.

Esse caso certamente continuará a gerar polêmica e atrair a atenção da opinião pública, uma vez que coloca em xeque a integridade das instituições e a conduta do governo anterior. Resta aguardar as próximas movimentações e desdobramentos desse episódio que tem potencial para abalar as estruturas políticas e jurídicas do país.

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