Polícia aguarda laudo do IML para decidir se indiciará médica por morte de bebê

Polícia aguarda laudo do IML para decidir se indiciará médica por morte de bebê

A delegada Isabelle Conti, da 16ª DP (Barra da Tijuca), aguarda o laudo técnico do Instituto Médico Legal (IML) para decidir se indiciará a médica Haydee Marques da Silva, de 66 anos, pela morte do menino Breno Rodrigues, de 1 ano e 6 meses, na manhã do último dia 7. Haydee foi acionada para socorrer Breno, chegou até o condomínio da família, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio, mas se negou a realizar o atendimento por não ser pediatra.

Nesta quinta-feira, a polícia conclui os depoimentos das últimas testemunhas do inquérito que apura a morte da criança. Ana Isabel, médica do Homebaby (serviço de Home Care do Grupo Prontobaby) que atestou o óbito do menino, é a última a depor, informa o Extra.

– A prova testemunhal será encerrada com o depoimento da médica Ana Isabel. Agora, para concluir o inquérito, falta a prova técnica do Instituto Médico Legal (IML). Só aí poderemos indiciar ou não a médica – conta a delegada, que pediu uma perícia ao IML para atestar em que condições o garoto estava. A delegada pretende concluir o caso até o fim desta semana.

Breno sofria de uma doença neurológica chamada síndrome de Ohtahara (uma epilepsia muito severa) e morreu uma hora e meia depois, aguardando outro atendimento médico. O corpo de Breno foi enterrado no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, na Zona Norte do Rio.

– Ainda não temos uma posição da polícia. Nós fizemos o nosso papel, que foi denunciar o crime. Agora esperamos justiça! – destaca o pai de Breno, Felipe Duarte.

Médica admitiu não atender criança

A médica Haydee Marques da Silva foi acionada para socorrer Breno, mas se negou a realizar o atendimento por não ser pediatra. A profissional, que é anestesista, chegou com a ambulância no condomínio da família, na Zona Oeste do Rio, mas foi embora sem subir ao apartamento para prestar socorro.

À polícia, Haydee afirmou não ter atendido o paciente porque se tratava de uma criança. No entanto, a funcionária da empresa Cuidar Emergências Médicas, responsável por sua contratação, afirmou que a profissional foi admitida para fazer todo tipo de atendimento.

– Infelizmente a unidade saiu do local porque a médica alegou que não atenderia uma criança, já que ela é clínica geral e anestesista, e não pediatra – explicou a diretora da Cuidar, que demitiu a médica após o ocorrido.

22/06/2017

Jornal Rede Repórter - Click e confira!




Botão Voltar ao topo