Pilhas de notas para comprar um frango: a hiperinflação na Venezuela

A Venezuela está em feriado nacional nesta segunda-feira (20) para a introdução de uma nova moeda.

Sai o Bolívar forte e entra o Bolívar soberano, com cinco zeros a menos, mas as duas moedas vão coexistir por um tempo – uma receita para a confusão.

Na última sexta-feira (17), venezuelanos formaram longas filas e lotaram as lojas preocupados com os efeitos da mudança.

O presidente Nicolas Maduro se diz vítima de uma “guerra econômica” e promete que a nova moeda vai resolver o problema da inflação.

No sábado (18), ele também anunciou uma nova taxa de câmbio única atrelada à criptomoeda petro, equivalente a 60 dólares em barril de petróleo venezuelano, diz o Terra.

Isso desvalorizaria efetivamente a moeda em 96% por cento, o que economistas apontam como um novo estímulo à disparada de preços.

A estimativa do Fundo Monetário Internacional (FMI) é que a inflação no país chegue a 1 milhão por cento em 2018; o governo não publica dados oficiais.

O resultado de tudo isso é que hoje são necessárias pilhas e pilhas de dinheiro para comprar produtos básicos.

A única exceção é a gasolina: um litro do produto custa 1 bolívar, enquanto uma xícara de café custa 2,2 milhões. Mas a exceção ao combustível também deve ser revista, segundo o governo.

O fotógrafo Carlos Garcia Rawlins, da Reuters, foi a Caracas e registrou a quantidade de dinheiro necessária para comprar cada produto, usando como preço de referência um pequeno mercado informal.

20/08/2018

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