Operação Hades: Megaoperação da SSP/AL desmantela quadrilhas do tráfico e lavagem de dinheiro em 17 estados brasileiros.




Operação Hades – Megaoperação da SSP/AL

SSP/AL deflagra megaoperação para prender membros de organizações criminosas

Nesta terça-feira (1º), a Secretaria de Estado da Segurança Pública de Alagoas (SSP/AL) deu início a uma megaoperação com o intuito de prender integrantes de duas organizações criminosas que estavam envolvidas com o tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e outros delitos.

Denominada como Operação Hades, a ação cumpre 307 mandados judiciais em Alagoas e em outros 16 estados do Brasil, de forma simultânea.

O trabalho investigativo teve início em março de 2021, realizado pela Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) e pela SSP de Alagoas, com o objetivo de apurar as atividades criminosas de quatro pessoas, que seriam dois casais envolvidos em práticas ilícitas.

Os mandados foram expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital de Alagoas, com o parecer favorável do Gaeco, do Ministério Público de Alagoas, com base em provas técnicas apresentadas pela Dracco. Serão cumpridos 79 mandados de prisão e 228 de busca e apreensão nos estados de Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Santa Catarina e São Paulo.

A operação é resultado do trabalho investigativo da Dracco e da Polícia Civil de Alagoas, em parceria com a Secretaria de Estado da Segurança Pública, visando apurar as atividades desses grupos no tráfico de drogas em grande escala em Alagoas e em outros estados do país.

Mandados cumpridos por estado

Alagoas – 27 mandados, sendo sete de prisão e 20 de busca e apreensão;

Amazonas – 29 mandados, sendo três de prisão e 26 de busca e apreensão;

Bahia – dois mandados de busca e apreensão;

Ceará – 11 mandados, sendo três de prisão e oito de busca e apreensão;

Goiás – 10 mandados de busca e apreensão;

Mato Grosso – 13 mandados, sendo três de prisão e 10 de busca e apreensão;

Mato Grosso do Sul – 61 mandados, sendo 19 de prisão e 42 de busca e apreensão;

Minas Gerais – cinco mandados, sendo um de prisão e quatro de busca e apreensão;

Pará – 40 mandados, sendo 14 de prisão e 26 de busca e apreensão;

Paraná – um mandado de prisão;

Pernambuco – três mandados, sendo dois de prisão e um de busca e apreensão;

Piauí – dois mandados, sendo um de prisão e um de busca e apreensão;

Rio de Janeiro – 11 mandados, sendo quatro de prisão e sete de busca e apreensão;

Rio Grande do Norte – um mandado de busca e apreensão;

Roraima – 04 mandados, sendo um de prisão e dois de busca e apreensão;

Santa Catarina – quatro mandados, sendo um de prisão e três de busca e apreensão;

São Paulo – 84 mandados, sendo 19 de prisão e 65 de busca e apreensão.

Modus Operandi das Organizações

As investigações identificaram dois casais, um deles alagoano e outro paraense, que eram responsáveis pelo tráfico de drogas em larga escala no estado de Alagoas, com ramificações nos 17 estados alvos da operação. Foi possível também identificar os fornecedores de drogas e os líderes das organizações criminosas investigadas.

A cúpula das organizações criminosas atua no Rio de Janeiro e no estado do Pará, com distribuição de drogas em áreas específicas de Maceió e em bairros nobres da cidade.

Fornecedores da droga que abastecia Alagoas são provenientes de São Paulo, que, por sua vez, recebem as drogas do Mato Grosso do Sul, estado que faz fronteira com Paraguai e Bolívia, grandes produtores de drogas.

Vida de luxo oriunda do tráfico de drogas

Ambas as organizações utilizavam esquemas sofisticados de lavagem de dinheiro, movimentando grandes quantias ilegalmente por meio de empresas de diversos segmentos, bem como de contas bancárias de terceiros.

Durante a investigação, foi constatada movimentação financeira de mais de R$300 milhões de reais, com membros ostentando um elevado padrão de vida, com viagens, veículos e bens de luxo, além de residências em condomínios de alto padrão.

Poucos dos alvos da operação não possuem antecedentes criminais, com boa parte deles sendo reincidentes na prática de crimes da mesma natureza. Alguns possuem inclusive processos em aberto na Justiça Federal e mandados de prisão por outros delitos.


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