Operação da PF apura suspeita de golpe de Estado para manter Bolsonaro no poder; defesa de ex-assessor pede revogação da prisão preventiva.

Na última semana, a prisão do ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência da República Filipe Martins trouxe à tona uma série de revelações sobre uma operação da Polícia Federal relacionada a suspeitas de um golpe de Estado planejado por uma organização criminosa. Martins foi preso no âmbito dessa operação, que também resultou na prisão de outros indivíduos ligados ao governo, como o coronel do Exército Marcelo Câmara e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

A defesa de Filipe Martins anunciou que nesta semana irá apresentar um requerimento de revogação da prisão preventiva, alegando que a medida não é necessária. Caso o relator do caso, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, negue a solicitação, a defesa planeja pedir que a matéria seja apreciada pelo colegiado. A defesa do coronel Marcelo Câmara também anunciou que entrará com um pedido para que Moraes reconsidere a prisão preventiva do militar.

A investigação da PF apontou que Filipe Martins foi uma das pessoas que apresentou ao então presidente Jair Bolsonaro uma minuta de decreto para executar um golpe de Estado. Esse documento detalhava supostas interferências do Judiciário no Executivo e decretava a prisão de diversas autoridades, incluindo o ministro Alexandre de Moraes. Além disso, a PF obteve diálogos entre o major das Forças Especiais do Exército Rafael Martins de Oliveira e o tenente-coronel Mauro Cid, nos quais discutiram o pagamento de R$ 100 mil para custear a ida de manifestantes a Brasília.

A prisão do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, durante a operação, também chamou a atenção, especialmente após a polícia encontrar com ele uma arma ilegal. O político foi solto no sábado (10) após os mandados de busca e apreensão.

Todas essas revelações levaram a PF a reunir provas de financiamento de uma suposta organização criminosa e a contrariar a tese de que os atos golpistas teriam sido espontâneos. Diante de todas essas informações, a defesa dos envolvidos está se movimentando para tentar reverter as prisões preventivas.

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