Os traders e analistas já aguardavam essa extensão, uma vez que o excesso de oferta fez com que os preços do petróleo ficassem em torno de US$ 80 o barril, mesmo com os conflitos no Oriente Médio. Essa situação trouxe alívio para os consumidores, mas países como a Arábia Saudita e a Rússia, principais integrantes da Opep+, têm interesse em preços mais altos para financiar projetos econômicos e militares.
Apesar dos cortes na produção, que foram aprofundados em relação ao ano anterior, a Rússia e outros países do grupo ainda não cumpriram totalmente seus compromissos. A decisão de estender os cortes para o segundo trimestre pode ter sido amplamente esperada, mas a Opep+ deve enfrentar uma escolha difícil em sua próxima reunião, agendada para 1º de junho, quando os ministros definirão a política para o segundo semestre do ano.
Segundo previsões da Agência Internacional de Energia em Paris, a Opep+ precisará manter os cortes ao longo do ano, devido ao desaceleramento do crescimento da demanda global por petróleo e ao aumento da oferta nas Américas. A possibilidade de relaxar os cortes e adicionar mais barris no restante do ano dependerá da evolução dos fundamentos do mercado.
Diante dessa situação, a Opep+ enfrenta o desafio de conciliar interesses divergentes entre seus membros e garantir a estabilidade no mercado internacional de petróleo. A decisão final será crucial para determinar os rumos da economia mundial e o preço do barril de petróleo no restante do ano.