Oficial da PMAL viaja até o Rio Grande do Norte para fazer doação de Medula Óssea

Um ato de solidariedade e amor ao próximo, assim podemos definir a ação de doar a medula óssea de um ser humano em prol da restauração da vida de outro. Foi imbuído neste sentimento que um oficial da Polícia Militar de Alagoas se deslocou até a cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, para atender ao chamado do REDOME (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea).
No último mês de agosto, o capitão Miguel Vieira, lotado no 9º BPM, em Delmiro Gouveia, foi informado pelo instituto sobre uma nova compatibilidade e prontamente se disponibilizou a realizar os exames solicitados no Hemocentro de Arapiraca (HEMOAR), e no Hospital Rio Grande, local este onde na manhã desta quinta-feira (18) ele realizou a retirada do material para a doação.
Após o procedimento, o militar falou acerca da emoção que sentiu em poder servir a alguém que não conhece e assim contribuir para que o receptor tenha uma nova vida.
“Para mim como policial, cuja missão é proteger, ajudar as pessoas já está no meu dia a dia, e saber que pude salvar uma vida, mesmo sem conhecê-la, foi gratificante. Em nenhum momento tive medo ou pensei em desistir, pois sabia que havia uma confirmação da existência de Deus ali, pois, diante de tantas pessoas neste mundo, Ele me proporcionou a oportunidade de novamente tentar ajudar uma vida”, disse emocionado o oficial – que no início do ano já teria tentado ajudar uma pessoa, porém não houve total compatibilidade.
O capitão Miguel, que se cadastrou inicialmente em Pão de Açúcar, numa campanha para ajudar uma criança de sua cidade natal, ressaltou ainda que tem muita fé e acredita que o ser humano, independente de sua profissão, quando é chamado a ajudar jamais poderá virar as costas, principalmente se tratando de uma doença tão devastadora, como é o câncer.
”De alguma forma fui usado para ajudar alguém, mesmo sem conhecê-la espero que daqui pra frente essa pessoa possa ter a saúde e vida reestruturadas. Atento para que as pessoas não esperem que alguém de sua família ou amigo precise de transplante para saber se é compatível ou não, tem muitas vidas que podem ser salvas por meio da doação”, concluiu o oficial.
A logística da medula óssea é diferente da doação de sangue, ou seja, pra dar certo para alguém é uma em 100 mil. Foi o caso do militar alagoano, que foi compatível com um receptor das células tronco de fora do Brasil, o Instituto se limitou em dizer apenas que é um paciente dos Estados Unidos.
Cadastro
Para se cadastrar como doador de medula óssea em Maceió, o voluntário deve comparecer ao Hemoal Trapiche, que funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h, além dos sábados, das 8h às 17h. Também pode se dirigir ao Hemocentro Regional de Arapiraca (Hemoar), localizado na Rua Geraldo Barboza, no Centro, e que funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h30.
Para estar apto o voluntário deve ter mais de 18 anos, boas condições de saúde e portar documentos como CPF e RG, além de informar o endereço residencial. Após preencher um formulário, o candidato doa cerca de 5 ml de sangue, cuja amostra será submetida a um exame laboratorial para obter o código genético.
Com base nesta informação, será feito um cruzamento com os dados do REDOME para averiguar se o candidato é compatível com algum dos pacientes que necessitam de uma doação. Se houver compatibilidade, o voluntário será convocado para realizar a doação e, posteriormente, haverá o transplante para o receptor.
Doação
Quanto ao processo da doação, onde o Ministério da Saúde (MS) financia todos os custos, o voluntário é submetido a uma punção na medula óssea, que não deve ser confundida com a medula espinhal. Com isso, será retirada uma quantidade de um líquido esponjoso, que posteriormente será utilizado para ser transplantado em um paciente portador de uma doença hematológica, a exemplo da leucemia.
Ascom – 19/10/2018

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