Novo programa de reforma agrária é lançado por Lula em meio a ofensiva do MST em ocupações pelo país

Nesta segunda-feira, o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou um novo programa para a reforma agrária, denominado “Programa Terra da Gente”, com o objetivo de ampliar a oferta de terras para assentamentos, visando conter as invasões de propriedades. A iniciativa surge em meio a um cenário de tensão, já que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) anunciou uma nova ofensiva e afirmou ter ocupado 24 territórios desde a semana passada.

O programa do governo tem como meta beneficiar 295 mil famílias agricultoras até 2026, com a disponibilização de áreas para famílias que desejam viver e trabalhar no campo. O decreto presidencial visa organizar várias formas de obtenção e destinação de terras, incluindo terras já adquiridas, em aquisição, áreas passíveis de adjudicação por dívidas com a União, imóveis improdutivos, entre outras.

Durante a cerimônia de lançamento do programa, o presidente Lula esteve acompanhado dos ministros do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, e do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, além do presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), César Aldrighi. A presença de integrantes do MST, que participaram do evento no Palácio do Planalto, evidencia o cenário de conflito e pressão que envolve a questão agrária no país.

No entanto, a ação do MST não se limitou ao protesto durante o evento do governo. O movimento anunciou a ocupação da Embrapa em Petrolina, Pernambuco, exigindo o assentamento de 1.316 famílias. Essa invasão ocorre em um momento delicado, no qual o governo busca diálogo com ruralistas para diminuir resistências no setor agrário.

Além disso, o MST destacou que outras áreas também foram ocupadas em Petrolina, incluindo uma propriedade da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), com 1.500 hectares. O movimento também está mobilizado em 14 estados do país, com 27 ações em andamento, entre invasões, marchas e protestos, demonstrando a força e a determinação do movimento em pressionar o governo por suas demandas.

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