Neymar não esta 100% para estreia do jogo de domingo contra Suiça

Com o mesmo comportamento de outras entrevistas, técnico garante que craque ainda pode melhorar, mas está suficientemente bom para fazer grande jogo contra a Suíça

Na última entrevista coletiva antes de estrear na Copa do Mundo, Tite não fugiu de sua rotina. Elevou o tom de voz para enfatizar situações, brincou com algumas perguntas, deu voz ao auxiliar Cleber Xavier e admitiu que o trabalho de sua comissão técnica na seleção brasileira foi bem feito nesses quase dois anos no comando.

Por outro lado, o técnico, que goza de imenso prestígio entre jogadores e torcedores, descartou o rótulo de aprovação total na véspera da partida contra a Suíça, neste domingo, às 15h (de Brasília).

– Não sou unanimidade e isso não me envaidece. Tenho respeito, mas muitas pessoas não gostam do meu estilo, não gostam de mim, e com outros eu tenho conflitos e não gosto como seres humanos. Tenho um grupo de pessoas aqui com características que se completam.

O técnico também admitiu que Neymar ainda não está 100% depois de operar o pé direito no dia 3 de março, apesar dos gols marcados nos amistosos contra Croácia e Áustria, e confirmou que o meia Fred não será relacionado para a partida.

– O Neymar não está 100% ainda, mas é muito privilegiado fisicamente. Os índices de sprints em velocidade máxima são impressionantes, ele não perdeu e fez uma recuperação muito boa. Ainda não está em sua plenitude, tomara que esteja logo, mas é um processo bem evoluído em relação ao que esperávamos esuficientemente bom para fazer um grande jogo – ponderou Tite.

  • Dimensão da Copa do Mundo

– Primeiro que não tomo remédio (para dormir). Para quem fez oito, noves cirurgias, tenho aversão (risos). Tento de alguma forma administrar meus fantasminhas, minhas angústias, meu lado humano. Essa expectativa, ela acaba gerando. Fico no meu canto, procuro assistir situações importantes, exemplos que possam ter dentro da competição, preparar palestra. Ficar focado naquilo que é importante, na preparação para o jogo, em termos estratégicos, em termos de adversário. O trabalho até agora nos dá muita expectativa, mas uma paz de que fizemos um trabalho de preparação muito forte.

  • Características da Seleção

– Forte, competitivo, com qualidade técnica individual, com estilo de jogo consolidado. Uma das equipes postulantes ao título.

  • Campanha à frente da seleção brasileira

– Desafiadora, continua sendo. Para manter esse padrão ou melhorar. Nós queremos a cada jogo reproduzir ou ser melhor estrategicamente falando. A pressão é muito forte. O mundo está voltado ao futebol e a nós. Queremos ter a mesma naturalidade de outras situações para fazer. Que a equipe saiba diferenciar resultado e desempenho.

– A espiritualidade me torna um ser humano melhor. Busco ser um ser humano melhor, mais equilibrado. Faço sempre, não faço para ganhar. Meu Deus é o Deus de todos. É igual para todos.

  • Balanço do trabalho

– Hoje, cada vez mais o público sabe diferenciar, tem acompanhado vocês e sabe diferenciar desempenho de resultado. Consegue ver quando joga bem, quando a equipe é competitiva, mentalmente forte. Na hora fica o impulso. Passou o tempo, há o devido reconhecimento. Olha desempenho, depois olha resultado. Mas claro que a gente lida com emoção. Não posso cobrar do torcedor que ele fique feliz porque empatou, porque perdeu, mas jogou muito. Sim, estou feliz com o desempenho.

  • Dificuldade contra a Suíça

– A gente tem tido e vai ter contra a Suíça também um grau de dificuldade. Jogos de alto nível nos exigem, nos desafiam ao máximo.

  • Força do grupo

– Esse time vai mostrar, ele se forja. Ele se fortalece, ele se mostra. Tudo que a gente possa dizer. Com 23 atletas com a qualidade que a gente tem, seria muita pretensão… Hoje, sim. Mas amanhã não sei o que possa render. Tive problemas físicos, decréscimo técnico de alguns. Há uma ideia, sim, mas vai se mostrar dentro de campo.

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