Mutirão zera quantitativo de pacientes de cirurgia vascular no HGE

Um mutirão de cirurgias vasculares foi realizado neste sábado (19) no Hospital Geral do Estado (HGE) e zerou o quantitativo de pacientes à espera do procedimento. A ação teve o intuito de dar celeridade na assistência e potencializar a resolução de cada caso, pois, se tratando de doenças vasculares, quanto mais tempo se espera por cirurgia, mais graves podem ser as sequelas. Somente hoje, 30 pacientes foram submetidos às intervenções cirúrgicas nos mais variados quadros clínicos, com destaque para os portadores de diabetes.

O HGE é referência em Alagoas nesse tipo de serviço público de saúde, conquista que tem repercutido também na atração de mais cidadãos que necessitam de cuidados. Diariamente, o hospital admite uma média de 33 novos doentes, cerca de mil por mês, provenientes de todos os municípios alagoanos.

“Metade desse registro mensal necessita de internação e aproximadamente 350 desses pacientes exigem a realização de algum procedimento cirúrgico. Atualmente, o HGE tem respondido pela grande maioria das cirurgias vasculares e endovasculares de Alagoas realizadas através do SUS [Sistema Único de Saúde]. Vale ressaltar que 90% dos casos têm origem de uma diabetes mal cuidada que gerou doença arterial periférica [pé diabético], isso resulta no risco de amputações e até mesmo óbito”, pontuou o coordenador do serviço vascular Cezar Ronaldo.

A aposentada Ilda Domingos Batista, de 71 anos, sabe bem o que é isso. De uma unha encravada mal cuidada, ela desenvolveu uma inflamação que interrompeu a vascularização de seu pé direito. O indicativo poderia ser amputação de todo o pé para que o problema não comprometesse a perna, mas com a angioplastia, também realizada no HGE, a irrigação sanguínea foi devolvida ao membro, resultando na retirada apenas dos dedos, o que possibilita o total restabelecimento da usuária.

O final também poderia ser trágico para o estudante de educação física Alisson de Lima, de 23 anos. Durante uma aula de judô na faculdade, ele sofreu um golpe que deixou a panturrilha esquerda endurecida.

“Ele sofreu um trauma muscular grave, que provocou sangramento interno e pressionou os vasos, diminuindo a irrigação sanguínea. Submetido rapidamente à cirurgia de fasciotomia descompressiva, o coágulo foi retirado e a vascularização devolvida. Sem a realização desse procedimento, ele teria uma grande chance de evoluir para uma isquemia irreversível, com amputação do membro e incapacitação desse jovem. Felizmente esse risco está eliminado e em breve nós poderemos contar com um futuro grande profissional”, explicou o médico na presença de Alisson, que já respira aliviado.

Mutirões como esse, que muitas vezes partem da iniciativa dos próprios médicos, corroboram com o maior objetivo do hospital: salvar vidas. “Nossa equipe de profissionais da saúde está atenta e se esforça para proporcionar o melhor cuidado, a melhor recuperação, a melhor reinserção social. Na cirurgia vascular, nós contamos com equipamentos modernos presentes em poucos centros referenciados pelo SUS no Brasil. Isto qualifica o HGE entre os melhores hospitais do Estado”, avaliou a supervisora médica, Janaína Gouveia. 

“O HGE é o único hospital alagoano de portas abertas dia e noite. Por as pessoas saberem de seu alto poder de resolubilidade, muitas buscam o atendimento, mesmo que esse possa ser oferecido em outras unidades de saúde. Realizar um mutirão e zerar a espera por cirurgias vasculares mesmo com todos os problemas que temos enfrentado diariamente é muito gratificante, pois é reflexo do quanto temos trabalhado para levar saúde ao alagoano na velocidade que ele precisa, e a maior prova de que nossa vontade é de que todos possam viver”, defendeu o secretário de Estado da Saúde, Christian Teixeira.

Ascom – 20/08/2017

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