Blog inicia série sobre duas das maiores paixões dos brasileiros, numa tabelinha perfeita
Para quem desde pequenininho (até os 3 aninhos mais ou menos) foi morar quase defronte ao mar e, pouco tempo depois, em frente a um estádio de futebol, naturalmente se acostumou a ouvir sons desde tenra idade.
Resumo da ópera: minha vida foi marcadamente entremeada por duas coisas que brasileiro adora: música e futebol. Isso em praticamente todos os episódios relevantes de minha atual existência.
Como lembrança mais significativa que povoa meu inconsciente desde criança, por conta dessa proximidade com o mundo da bola e a música, meu primeiro grande ídolo foi um jogador chamado Ferreti, que em 1975 aportou por estas bandas para jogar no CSA, egresso do Botafogo-RJ. Achava o nome dele diferente e, coisa de criança, o associava a uma música que se tornou o ‘hino” das emissoras de rádio que transmitiam futebol naqueles já longínquos anos 1970, sobretudo no ápice de uma partida: o gol. E Ferreti fazia muitos gols e tome a famosa musiquinha nos ouvidos e na mente.
A música é até hoje tocada no momento maior do futebol: trata-se de “Replay”, imortalizada na voz dos irmãos do Trio Esperança (Mário, Evinha e Marizinha), gravada em 1973, que relata um gol fictício atribuído ao polêmico, mas cracaço, atacante Paulo César Caju, ex-seleção brasileira, Flamengo, Fluminense, Botafogo e por aí vai. A música grudou na mente para sempre. “É GOL, DE FELICIDADE; É GOL, O MEU TIME É ALEGRIA DA CIDADE…” (Escute aqui e relembre).
Em função disso, considero-me um “boleiro musical”, muito embora, há muitos anos, não saiba o que é participar de uma ‘pelada’ com os amigos no fim de semana e alguém que não consegue ir além de ‘arranhar’ (com pouquíssimas notas) algumas cordas de um violão. E só.
Mas, às favas com a modéstia! (como já disse um ministro por aí), os ouvidos estão sempre atentos aos sons.
E onde quero chegar com toda esta ladainha? Aos leitores deste espaço proponho iniciar aqui uma série de posts neste blog ao fazer uma relação de música e futebol, trazendo à baila composições que ficaram célebres no rol de nosso cancioneiro popular e que, ao mesmo tempo, serviram ou servem de inspiração àqueles que apreciam o futebol.
Não me esquecerei, prometo, de também trazer à memória os compositores e cantores alagoanos que reverenciaram o esporte bretão, como o saudoso Edécio Lopes e Roberto Becker, só para ficar nestes dois, por ora.
E o Brasil, como se sabe, é rico nas duas searas, uma vez que, além de ter produzido craques nas quatro linhas que levaram poesia na arte de jogar bola mundo afora, produziu, igualmente, craques cantores e compositores — como Noel Rosa, Chico Buarque, Jorge Ben Jor, Milton Nascimento e Wilson Simonal (só para ficar nesses por enquanto) — que exaltaram ou exaltam o esporte número um na preferência do brasileiro.
Até o próximo post!!!
Wellington Santos – 19/07/2017