MPF recorre ao STJ contra absolvição de Temer por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em favorecimento a empresas do setor portuário.

O Ministério Público Federal (MPF) não desiste de processar o ex-presidente Michel Temer (MDB) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Nesta segunda-feira, o MPF recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra a absolvição sumária de Temer, acusando-o de supostamente favorecer empresas do setor portuário em troca de propina. O procurador regional da República, Guilherme Schelb, assina a petição, afirmando que a acusação deve ser reanalisada pela Justiça Federal do Distrito Federal.

A defesa de Temer, no entanto, chamou a tentativa de “vergonhosa” em nota. Segundo a defesa, a denúncia contra o ex-presidente é inepta e não há justa causa para a ação penal. A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou a denúncia em dezembro de 2018, acusando Temer de usar sua função pública para favorecer os controladores do grupo Rodrimar em troca de R$ 32 milhões.

A decisão de absolver Temer foi tomada em março de 2021 pela Justiça Federal do Distrito Federal, e confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região. No entanto, o representante do MPF argumenta que a conexão entre o recebimento e a função pública exercida por Michel Temer é evidente e está suficientemente descrita na denúncia, comprovada por meio de provas robustas, incluindo interceptações telefônicas.

Segundo o procurador, “há provas cabais, incontestáveis e que não foram afastadas pela decisão absolutória, no sentido de que três empresas eram mantidas pelo réu MICHEL TEMER apenas para movimentar dinheiro ilícito, como bem pontuado na denúncia”. O recurso, no entanto, ainda precisa ser “admitido” para ser encaminhado ao STJ, que analisará o pedido.

Enquanto isso, a notícia sobre a possível volta de Marta Suplicy ao PT como vice de Boulos também está chamando a atenção. É interessante observar como as alianças políticas podem mudar, já que Marta já atacou o partido por escândalos de corrupção e roubalheira. Por sua vez, o filho do governador Jorginho Mello desistiu de assumir uma secretaria em Santa Catarina, ironizando que o “defeito é biológico”. Aguardemos os desdobramentos desses eventos.

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