Moraes afirmou que os ataques direcionados a ele e a seus colegas no STF ultrapassaram os limites e alcançaram seus familiares. Ele mencionou o episódio em que seu filho, o advogado Alexandre Barci, foi hostilizado no aeroporto de Roma, na Itália, em julho. O ministro é o relator de investigações sensíveis que envolvem o ex-presidente e foi alvo de intensos ataques do bolsonarismo durante todo o governo anterior, inclusive com ameaças de descumprimento de decisões judiciais e um pedido de impeachment protocolado no Senado por Bolsonaro.
Além de seu papel como ministro do STF, Moraes também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral e teve que lidar com narrativas infundadas sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas e a possibilidade de fraude durante as eleições de 2022, propagadas pelo próprio Bolsonaro. O ministro afirmou que as redes sociais foram instrumentalizadas pela extrema-direita para transformar eleitores em fanáticos e espalhar notícias falsas sobre o processo eleitoral.
Moraes denunciou o uso do discurso de ódio e a manipulação das informações nas redes sociais, que criam bolhas de pessoas fanatizadas e alimentam narrativas distorcidas. Ele ironizou o discurso entre os apoiadores de Bolsonaro sobre o avanço do comunismo no Brasil, declarando que a maioria das pessoas que falam sobre o tema nem sequer sabe o que é comunismo.
Apesar dos ataques e dos desafios enfrentados, o ministro ressaltou que as instituições democráticas do país foram capazes de garantir a estabilidade e superar problemas ao longo do tempo, graças ao fortalecimento proporcionado pela Constituição. Moraes destacou que a democracia brasileira foi uma das que mais sofreram ataques, mas conseguiu enfrentar esses problemas devido à força de suas instituições.
É importante ressaltar que os eventos e declarações descritos são atribuídos ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, com base em informações veiculadas pela imprensa.
