O mês de dezembro, tradicionalmente negativo para o emprego formal devido aos desligamentos de trabalhadores temporários no final do ano, registrou o fechamento de 430.159 vagas com carteira assinada. No mesmo período de 2022, foram eliminados 431.011 postos. Considerando os ajustes e declarações prestadas por empresas fora do prazo, o saldo negativo sobe para 455.544.
Do total de empregos criados no ano passado, 255.383 correspondem a contratos de trabalho atípicos, com predominância de trabalhadores com menos de 30 horas semanais e intermitentes, modalidades criadas pela reforma trabalhista.
De acordo com o Caged, o setor de serviços foi o principal responsável pela geração de empregos formais no ano passado, com um saldo de 886.256 postos. Os subsetores que mais contrataram foram informação, comunicação, financeiro, imobiliário, atividades administrativas, serviço público e educação e saúde.
O segundo maior crescimento do emprego formal ocorreu no comércio, com um saldo de 276.528 postos, com destaque para o setor varejista, supermercados, minimercado e venda de combustíveis para veículos. Já a construção civil, um dos setores mais dinâmicos da economia, ficou em terceiro lugar, com 158.940 postos, seguida pela indústria, com saldo positivo de 127.145 postos, e agropecuária, com 34.762.
Os estados que mais contrataram foram São Paulo, com um saldo positivo de 390.719 postos, Rio de Janeiro, com 160.570, e Minas Gerais, com 140.836 contratações.
No que diz respeito aos salários, constatou-se que em dezembro, o salário médio real de admissão foi de R$2.026,33, com uma leve redução de R$6,52 quando comparado com o valor corrigido de novembro (R$ 2.032,85).
Esses números refletem a movimentação do mercado de trabalho formal no ano passado, com a criação de empregos em diversos setores e em diferentes regiões do país.