A movimentação acontece após uma articulação liderada pelo presidente Lula, que resultou na saída de Marta da prefeitura de São Paulo no mês passado para ser indicada como vice na chapa do líder sem-teto. O retorno ao PT ocorreu na última sexta-feira (2), em uma cerimônia grandiosa com a presença de Lula, Boulos, ministros de Estado e dirigentes das duas siglas.
Em seu discurso durante a cerimônia, a ex-prefeita afirmou que retorna “mais madura e experiente”, referindo-se à sigla como “meu aconchego” e “minha raiz”. O ato simbólico de filiação foi realizado no palco com a assinatura de Lula.
O almoço deste domingo marcou o terceiro encontro de Marta e Boulos, com foco principal no planejamento da pré-campanha dos dois. Além deles, estiveram presentes o marido de Marta, o empresário Márcio Toledo, e a mulher de Boulos, Natalia Szermeta.
Durante a reunião, foi estabelecido que os dois pré-candidatos realizarão um encontro com movimentos sociais no mês de março, mas ainda não fecharam detalhes sobre a primeira agenda pública que farão juntos. Segundo aliados do líder sem-teto, a possibilidade mais provável é que ocorra em Parelheiros, bairro no extremo Sul que é reduto eleitoral de Marta.
Um ponto de destaque é o potencial de Marta para conquistar votos na Zona Sul, reduto de Nunes. Apesar de ter obtido apenas 10,14% dos votos válidos na última eleição para prefeitura de São Paulo, em 2016, a ex-prefeita saiu vitoriosa nas únicas duas zonas eleitorais em que João Doria não obteve vitória: Parelheiros e Grajaú. Um feito que nem Fernando Haddad, candidato do PT e segundo colocado, conseguiu.
Em meio a uma movimentação política intensa, o almoço entre Marta Suplicy e Guilherme Boulos marca o início de uma possível união estratégica entre os dois principais atores políticos rumo às eleições municipais em São Paulo.
