Durante a reunião, Lula afirmou que não sente o mesmo “nervosismo” em lidar com o presidente russo Vladimir Putin, em comparação com os europeus, devido à distância do Brasil da guerra na Ucrânia. Macron, por sua vez, destacou a importância de não ser “fraco” nas negociações com os russos.
Macron chegou a Brasília disposto a convencer Lula a pressionar Putin a encerrar o conflito na Ucrânia. O líder francês destacou a necessidade de se promover a paz entre Kiev e Moscou, ressaltando a importância de se evitar uma escalada de violência na região.
Lula, por sua vez, adotou uma postura mais neutra em relação ao conflito, chegando a fazer declarações que foram interpretadas como pró-Rússia. O presidente brasileiro já sugeriu que a Ucrânia cedesse a Crimeia para encerrar a guerra, o que gerou críticas da Europa e de Zelenski, presidente ucraniano.
Além disso, Lula enviou uma carta parabenizando Putin por sua recente reeleição, apesar das críticas à falta de oposição no pleito. O PT também enviou uma carta elogiando a vitória do presidente russo, o que foi visto com preocupação por potências ocidentais.
Durante o encontro, Macron também abordou a questão da presença de Putin no G-20, ressaltando a importância de se chegar a um consenso entre os membros do grupo. O líder francês enfatizou que o Brasil tem a responsabilidade de conduzir as negociações de forma diplomática.
Além da questão ucraniana, Lula e Macron discutiram a situação em Gaza, a ascensão de forças políticas de extrema-direita e a cooperação estratégica em Defesa. Ambos ressaltaram a importância de fortalecer a democracia e combater o discurso de ódio.
Macron expressou sua impressão positiva sobre a reconstrução da Praça dos Três Poderes em Brasília, destacando a resistência do Brasil às forças extremistas. O líder francês também ressaltou a importância de se fortalecer a cooperação entre as indústrias brasileira e francesa, especialmente na área de defesa.
Em resumo, a visita de Macron ao Brasil foi marcada por discussões importantes sobre a política internacional e a necessidade de promover a paz e a estabilidade em regiões conflituosas como a Ucrânia. Lula e Macron destacaram a importância da cooperação entre seus países e da defesa dos valores democráticos em um mundo cada vez mais polarizado.