No vídeo, Janaína Venzon afirmou que “O Avesso da Pele” não era apropriado para ser trabalhado com os alunos do ensino médio, e solicitou a intervenção do Ministério da Educação para recolher as cópias presentes na escola. O livro integra o PNLD desde 2022 e aborda questões como racismo estrutural e violência policial, sendo indicado pelas próprias escolas como leitura importante para os estudantes.
A discussão se espalhou nas redes sociais, com internautas demonstrando apoio a Jeferson Tenório. Entretanto, em uma decisão emitida na segunda-feira, 4, todas as escolas sob jurisdição do NRE de Curitiba receberam um ofício circular informando que o livro seria recolhido. O autor expressou sua lamentação em sua conta do Instagram, enquanto seguidores deixavam mensagens de apoio.
Em uma entrevista ao jornal Estadão, Jeferson Tenório apontou que percebe um aumento do conservadorismo, o qual evita lidar com as realidades do racismo, machismo e violência policial, não apenas no Brasil, mas de maneira global. Comentários deixados por seguidores em suas redes sociais ressaltam a importância do livro e seu papel na resistência contra injustiças.
A controvérsia em torno de “O Avesso da Pele” reflete um debate mais amplo sobre o papel da literatura na educação e na abordagem de temas sensíveis na sociedade. A força da obra de Tenório em desafiar tabus e estimular reflexões parece ter impulsionado seu sucesso de vendas, mesmo diante da tentativa de censura em algumas escolas.