De acordo com a DPU, o valor será pago em 36 parcelas fixas, com a primeira sendo paga em outubro deste ano. O montante será destinado ao Fundo de Promoção do Trabalho Decente (Funtrad), que utilizará o dinheiro para combater o racismo estrutural e implementar ações em prol do trabalho digno.
Além da indenização financeira, a empresa também se comprometeu a adotar medidas para combater o racismo. O acordo inclui 41 cláusulas, que abrangem a ampliação da contratação de trabalhadores negros, a criação de um canal ativo para receber denúncias, além da proibição de contratar pessoas condenadas por crimes violentos para realizar a segurança dos estabelecimentos.
É importante ressaltar que esse acordo não suspende os demais processos em curso contra a empresa, como as indenizações que serão pleiteadas pelas famílias das vítimas.
Relembrando o caso, Bruno Barros, de 29 anos, e Yan Barros, de 19 anos, foram flagrados pelos seguranças da rede de supermercados furtando pacotes de carne e acabaram entregues aos traficantes da região, após a intervenção dos seguranças. Os jovens foram torturados e assassinados pelos membros de uma facção criminosa. Seus corpos foram encontrados no porta-malas de um carro.
Esse triste episódio expôs a realidade do racismo estrutural ainda presente na sociedade brasileira, evidenciando a necessidade de combater esse problema e garantir que todas as pessoas sejam tratadas com dignidade e igualdade de oportunidades, independentemente de sua cor ou origem étnica.
Espera-se que esse acordo judicial seja apenas o primeiro passo para a conscientização e ações efetivas por parte da rede de supermercados e de outras empresas do país para promover a igualdade racial e combater o racismo em todas as suas formas.