Justiça proíbe clube de SP de alojar jovens após técnico ser acusado de estupro

Liminar é concedida a pedido do Ministério Público depois que jogadores relataram que agressor, mesmo identificado, continuava frequentando as dependências do Atlético Araçatuba

A Justiça de São Paulo proibiu o Atlético Araçatuba, clube que em 2016 disputou a quarta divisão de São Paulo, de alojar adolescentes em suas dependências.

A decisão foi motivada por pedido do Ministério Público após um caso de estupro contra um atleta menor de idade supostamente cometido pelo instrutor Paulo Giovane de Aguilar Carvalho, informa o Ge.

Carvalho, que aparece em súmulas dos jogos do Araçatuba no torneio do ano passado como técnico da equipe, foi indiciado por ter abusado de um dos jogadores, que o denunciou – o relato da vítima é de que as agressões ocorriam também com outros colegas.

Após instauração de inquérito, o Conselho Tutelar da cidade e a Federação Paulista de Futebol recomendaram ao clube o afastamento imediato de Carvalho.

Mas atletas afirmaram à polícia que o suspeito continuava frequentando o estádio municipal, onde os jovens ficavam alojados.

O Ministério Público, então, ajuizou nova ação para que os adolescentes fossem retirados do local. Em nota, a Secretaria de Esportes de Araçatuba informou que “já tomou as providências de solicitar judicialmente a desocupação dos alojamentos no estádio, ocupados pelos atletas do Atlético”. Segundo a prefeitura, os adolescentes menores de idade já deixaram o local.

A reportagem tentou contato com o Atlético Araçatuba e com representantes de Carvalho, mas não os encontrou.

Em abril, o técnico José Luís Teixeira Pereira foi preso em Vila Velha (ES) acusado de cinco crimes de estupro de vulnerável. Ele trabalhava no 138 Unidos do Vale, equipe de base da cidade.

02/05/2017

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