Luis Carlos Ruas defendia travesti na estação Pedro II quando foi agredido por dois rapazes.
O juiz André Augusto Salvador Bezerra, da 42ª Vara Cível da Capital, concedeu liminar para determinar que a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) pague pensão mensal de R$ 2.232,54 para mulher do ambulante Luis Carlos Ruas, assassinado após ser espancado por dois rapazes na estação Pedro II, quando defendia um travesti na região. Cabe recurso da decisão.
Segundo o Tribunal de Justiça, o valor estipulado, que corresponde ao rendimento médio que era percebido pelo falecido, deverá ser depositado todo dia 20 de cada mês, já a partir de janeiro, sob pena de multa.
O Metrô foi procurado para comentar a decisão, mas ainda não se pronunciou.
Presos
Ricardo Nascimento Martins, um dos suspeitos de agredir e matar o vendedor ambulante, foi preso em 27 de dezembro. Ricardo foi detido em Itupeva, no interior do estado, e levado para a capital.
O suspeito estava escondido na casa de um amigo. Ricardo e o primo Alípio Rogério Belo dos Santos tiveram prisão temporária decretada pela Justiça e o governo de São Paulo chegou a oferecer recompensa de R$ 50 mil por informações sobre o paradeiro deles. Alípio segue foragido e a suspeita da polícia é que ele esteja no litoral paulista.
Alípio Rogério dos Santos, o segundo suspeito de matar o ambulante, foi preso em 28 de dezembro em um prédio da Cohab em Itaquera, na Zona Leste de São Paulo.
Emprego
O irmão da vítima foi empregado pelo prefeito João Doria. Reginaldo Ruas vai trabalhar como motorista em uma empresa privada e ganhará pouco mais de R$ 2 mil.
A empresa, chamada Soma, presta serviço para a Prefeitura na limpeza urbana de São Paulo. O prefeito anunciou o emprego para o parente de Índio em uma entrevista coletiva com a presença de familiares dos vendedores. Ao final do evento, dois sobrinhos de Ruas também pediram emprego para Doria.
g1
16/01/2017