A Unisa informou que cumprirá a determinação judicial tranquilamente, de acordo com o advogado Marco Aurélio de Carvalho. Além da reintegração dos alunos, a decisão também determina que a universidade instaure uma comissão de sindicância para investigar o caso. A Unisa já havia iniciado esse procedimento antes da decisão judicial, concedendo a todos os envolvidos o direito de defesa.
Os vídeos que viralizaram mostram os estudantes de Medicina da Unisa correndo nus e tocando em suas partes íntimas durante uma partida de vôlei feminino entre a equipe da Unisa e a do Centro Universitário São Camilo. O incidente ocorreu durante o evento universitário Calomed, que reúne estudantes de Medicina em São Carlos, interior de São Paulo.
No dia 18 de setembro, a Unisa tomou a decisão de expulsar os alunos identificados nos vídeos, considerando esses atos “execráveis”. A universidade também repudiou a conduta dos estudantes e levou o caso às autoridades competentes. Já o Centro Universitário São Camilo decidiu submeter os alunos a medidas socioeducativas, alegando que a expulsão seria injusta e que o comportamento inadequado era uma questão estrutural.
Na semana passada, a Polícia Civil informou que abriu um inquérito para investigar os atos obscenos e a importunação sexual praticada pelos alunos. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que a Delegacia de Investigações Gerais de São Carlos está tomando as medidas necessárias para esclarecer os fatos, solicitando depoimentos dos alunos envolvidos e enviando os vídeos para perícia no Instituto de Criminalística.
Portanto, a decisão da Justiça Federal de reintegrar os alunos expulsos da Unisa gera discussões sobre a punição adequada para esses atos obscenos. Enquanto a universidade optou pela expulsão, o Centro Universitário São Camilo preferiu tomar medidas socioeducativas. O caso continua sendo investigado pela polícia, que busca esclarecer os fatos e responsabilizar os envolvidos pelos seus atos. A comissão de sindicância da Unisa também realizará sua própria investigação, garantindo o direito de defesa de todos os alunos. É necessário que sejam tomadas medidas eficazes para evitar a repetição de comportamentos inadequados e promover mudanças estruturais nessas instituições de ensino.