Justiça do Rio inclui dono do extinto Papa-Tudo na lista da Interpol

Artur Falk era um dos controladores da Interunion capitalização, que administrava os títulos de capitalização Papa-Tudo na década de 90.

A Justiça Federal do Rio determinou a inclusão do empresário Artur Falk, dono do extinto Papa-Tudo, na lista de procurados da Interpol, a polícia internacional.

Ele era um dos controladores da interunion capitalização, que administrava os títulos de capitalização Papa-Tudo na década de 90.

Contra ele, há pelo menos um mandado de prisão por crimes contra o sistema financeiro nacional, mas ele está foragido.

O pedido de inclusão do empresário na difusão vermelha da Interpol foi feito pelo Ministério Público Federal.

Segundo o MPF, apesar dos mandados de prisão contra Artur Falk, a procuradoria recebeu a informação de que ele se encontra nos Estados Unidos, desde 25 de dezembro de 2015.

Em março deste ano, o juiz Alexandre Libonati de abreu, da 2ª Vara Federal Criminal do Rio, decretou a prisão preventiva de Artur Falk, com base no novo entendimento do Supremo Tribunal Federal que permitiu o início de cumprimento de pena de condenados em segunda instância.

Em 2005, o empresário foi condenado em primeira instância a 11 anos de prisão em regime fechado por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional.

No ano seguinte, o Tribunal Regional Federal da segunda região manteve a condenação de Falk, mas reduziu sua pena para nove anos de prisão.

O empresário recorreu, e o Superior Tribunal de Justiça manteve a condenação do banqueiro, mas reduziu a pena mais uma vez, para cinco anos de prisão.

Em março, o Ministério Público Federal pediu à justiça que expedisse mandado de prisão contra ele.

O MP alegou que um dos crimes pelos quais Falk foi denunciado prescreveu em 2015, e que o outro vai prescrever este ano.

Policiais que foram à residência de Artur Falk, na praia do Leblon, zona sul do Rio, e ao escritório dele no centro da cidade, não encontraram o empresário – que também tem cidadania alemã.

De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal, feita em novembro de 2000, Artur Falk deixou de pagar R$ 168 milhões aos clientes investidores do Papa-Tudo, cerca de R$ 480 milhões, em valores corrigidos pelo IPCA.

Mais R$ 3 três milhões em prêmios em dinheiro ou em televisores e ambulâncias também não foram pagos.

Com a inclusão de Artur Falk na lista de procurados da Interpol, ele pode ser preso em qualquer um dos 190 países que fazem parte da organização.

A equipe da GloboNews tentou contato com o advogado do Artur Falk, mas ainda não tiveram resposta.

GloboNews

10/04/2017

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