Os ministros do STJ decidiram, por maioria, pela prisão imediata de Robinho, o que fez com que a defesa movesse rapidamente para tentar reverter essa decisão. O advogado de defesa, José Eduardo Alckmin, alegou urgência na apreciação do pedido, uma vez que o cumprimento da pena em regime fechado poderia ser iminente. O argumento principal da defesa é de que ainda caberiam recursos, como embargos de declaração e recurso extraordinário, o que deveria ser garantido antes do início do cumprimento da pena.
Além disso, a defesa ressaltou que Robinho aguardou em liberdade todo o processo de homologação da sentença e nunca representou um risco à aplicação da legislação brasileira, o que reforça a necessidade de manter sua liberdade até o trânsito em julgado de todas as discussões. A defesa também mencionou questões constitucionais relevantes, como a não possibilidade de extradição de brasileiros natos, conforme previsto na Constituição.
A decisão da Corte Especial do STJ determinou o envio imediato da certidão de julgamento ao juiz federal da Subseção Judiciária de Santos (SP), onde Robinho reside, para que o cumprimento da pena seja iniciado. Com isso, restam apenas trâmites burocráticos antes de a polícia executar a ordem de prisão contra o ex-jogador.
Todo o caso envolvendo Robinho e seus amigos no estupro coletivo de uma imigrante albanesa em uma boate de Milão em 2013 tem gerado intensa repercussão e debates jurídicos. A homologação da sentença italiana para cumprimento no Brasil, devido à impossibilidade de extradição de brasileiros natos, está desencadeando uma série de ações legais e a defesa do ex-jogador busca garantir seus direitos dentro do processo judicial em andamento.