Os advogados Bruno Castro e Fernando Santana explicaram que, por questões ideológicas, seu escritório não atua para delatores. Eles deixaram claro que a aversão à delação premiada é uma posição princípiológica, e não tem relação com o crime cometido ou com quem o cometeu. Com essa decisão, eles apresentarão renúncia em todos os 12 processos em que atuavam para Ronnie Lessa, tornando-se não mais seus advogados.
O assassinato de Marielle e Anderson completou seis anos na semana passada, sendo que até o momento apenas os executores do crime foram identificados e presos. Após o anúncio da delação de Lessa, o Supremo informou que a homologação foi feita após a verificação do cumprimento das regras da Lei da Delação. A audiência com o ex-policial militar realizada na segunda-feira confirmou que a delação foi assinada de maneira voluntária.
Com a homologação do acordo, o inquérito será devolvido à Polícia Federal para que as investigações possam continuar. Este desdobramento inesperado no caso de grande repercussão nacional traz novos elementos e incertezas sobre o desfecho dessa trágica história. O futuro de Ronnie Lessa e as possíveis repercussões da delação premiada prometem alimentar ainda mais o interesse público e a cobertura jornalística sobre o caso. A trajetória deste processo complexo continuará a ser acompanhada de perto pela sociedade e pelos meios de comunicação.