JUSTIÇA – A ex-deputada Flordelis teve seu pedido de liberdade negado pela justiça. A decisão mantém a acusada de envolvimento no assassinato de seu marido em prisão preventiva.

A ex-deputada federal Flordelis teve negado pela 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) o pedido de habeas corpus impetrado por sua defesa. Flordelis foi condenada em novembro do ano passado a 50 anos e 28 dias de prisão por ser considerada mandante do homicídio de seu marido, o pastor Anderson do Carmo.

O crime ocorreu em junho de 2019, na residência da família em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro. Na ocasião, Anderson foi alvejado por mais de dez tiros quando chegava em casa acompanhado de Flordelis. A ex-deputada saiu do carro e entrou na residência, enquanto Anderson foi atingido pelos disparos e faleceu instantaneamente.

A sentença condenatória foi proferida pelo Tribunal do Juri de Niterói no dia 13 de novembro do ano passado. A ex-deputada foi considerada culpada pelo homicídio triplamente qualificado, com agravantes de motivo torpe, emprego de meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

O desembargador Peterson Barroso Simão, relator do habeas corpus, destacou em seu voto que não houve demora excessiva na tramitação do caso, contrariando a argumentação da defesa de Flordelis. Segundo o magistrado, a complexidade do processo, a grande quantidade de réus e os incidentes processuais causados pela defesa de um dos co-réus foram os motivos para qualquer atraso.

Simão afirmou ainda em seu voto que a manutenção da prisão preventiva é justificada, principalmente após a sessão plenária do Tribunal do Júri que confirmou a condenação de Flordelis em novembro deste ano. O desembargador ressaltou que a decisão de manter os condenados presos foi fundamentada com base na periculosidade da ré e na necessidade de garantir a ordem pública.

Além disso, o magistrado respondeu à alegação da defesa de que não houve revisão periódica da prisão preventiva. Segundo Simão, essa revisão foi realizada antes da sessão plenária e é responsabilidade da Vara de Execuções Penais realizar a revisão agora.

Com o indeferimento do habeas corpus, Flordelis permanecerá presa, cumprindo a pena estabelecida pela Justiça.

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