Julgamento de homem acusado de agredir e queimar esposa na frente dos filhos acontece em Maceió nesta quinta-feira, 23.



Agressor de Maceió que incendiou esposa será julgado nesta quinta-feira

Nesta quinta-feira, 23 de março, o Fórum do Barro Duro, em Maceió, será palco do julgamento de Thiago dos Santos Silva, acusado de agredir e atear fogo à esposa na frente dos filhos. O caso chocante ocorreu em outubro de 2022, no conjunto Village Campestre. O júri está marcado para às 9h e será realizado na 9ª Vara Criminal.

Na manhã de 26 de outubro de 2022, Polyana de Medeiros e Silva, de 23 anos, foi brutalmente agredida pelo próprio companheiro dentro de casa, no conjunto Village Campestre, localizado no bairro Cidade Universitária, na parte alta de Maceió. O agressor não satisfeito com as agressões, ainda utilizou álcool para atear fogo às roupas da vítima e a jogou sobre o foco do incêndio.

As atrocidades teriam sido cometidas diante do filho de 5 anos da vítima e de uma bebê de três meses, fruto do relacionamento do casal. Desesperada, a mulher ainda conseguiu fugir para a rua, nua e em chamas, em busca de socorro, mas foi perseguida pelo agressor que a agarrou pelos cabelos e a arrastou de volta para dentro de casa.

Vizinhos prestaram auxílio à mulher, que foi encaminhada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Benedito Bentes e, posteriormente, transferida para o Hospital Geral do Estado (HGE). Os ferimentos abrangeram cerca de 20% do corpo da vítima, com queimaduras de 2º grau especialmente nas costas e nádegas, além de ferimentos no rosto.

Após cometer o crime, o agressor fugiu levando a recém-nascida, mas algumas horas depois, uma tia do suspeito entregou a criança à família de Polyana na UPA. Na época, a criança se alimentava exclusivamente de leite materno. Foi revelado que a família da vítima já havia denunciado agressões anteriores por parte do agressor, inclusive quando ela estava grávida, e que Polyana chegou a solicitar uma medida protetiva contra ele em março do mesmo ano. Além disso, foi relatado que o agressor continuou a enviar mensagens ameaçadoras após o caso ganhar repercussão.

O Conselho Tutelar acompanhou o caso junto à Justiça, enquanto as crianças permaneceram sob os cuidados da família da mulher. Polyana só recebeu alta médica em 8 de novembro de 2022.

Durante o interrogatório, o acusado afirmou que queria se separar da vítima e ela se recusava a aceitar, indicando que esse foi um dos motivos que o levou a cometer o crime. Enquanto a vítima informou que o agressor ficou furioso porque queria a certidão de nascimento da filha de três meses, que estava na casa da avó materna da criança.


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