Jovens retirados de caverna querem homenagear mergulhador, diz pai

Os 13 jovens resgatados nessa semana da caverna de Tham Luang, na Tailândia, querem prestar uma homenagem ao mergulhador que morreu na operação de resgate após levar suprimentos ao grupo, disse nesta sexta-feira (13) o pai de um deles à agência Associated Press. Os “Javalis Selvagens”, como é chamado o time de futebol, planejam se dedicar à vida monástica por um tempo para prestar tributo a Saman Kunan.

Na tradição budista da Tailândia, tornar-se monge em um templo, pelo menos por um curto período de tempo, é uma maneira de homenagem.

“Estamos planejando a data e vamos fazer quando todas as famílias estiverem prontas”, disse Banphot Konkum, pai de Duangpetch Promthep, de 13 anos, mais conhecido pelo apelido “Dom”.

O mergulhador Kunan era ex-integrante do grupo de elite da Marinha da Tailândia, triatleta e tinha se voluntariado a participar da operação de resgate. Ele morreu após levar oxigênio e suprimentos para o grupo que estava preso na caverna inundada. Segundo o jornal tailandês “Khaosod” seu corpo será cremado no próximo sábado na província de Roi Et, diz o G1.

Os 12 meninos e seu técnico se recuperam no hospital de Chiang Rai. Nesta sexta, os familiares, que até então tinham que se comunicar com seus filhos através de um vidro, puderam chegar perto deles, mas sem tocá-los.

Segundo Banphot Konkum, pai de “Dom”, o grupo não percebeu que começou a chover depois que eles entraram na caverna no dia 23 de junho. Mas a chuva causou enchentes, o que impossibilitou o grupo de sair do local.

“Depois de uma hora, quando eles queriam sair, o nível da água estava subindo. Eles correram mais para dentro da caverna para escapar da água. O fluxo de água estava forte”, disse Banphot.

Na procura por um local mais seguro, os garotos usaram as mãos para procurar nas paredes uma abertura para um lugar mais alto. As marcas das mãos foram encontradas mais tarde pelos resgatistas, dando a pista de que estavam no caminho certo para encontrá-los.

A avó de Dom, Kameay Promthep, disse à AP que pedirá ao neto que agradeça aos envolvidos no resgate.

“Direi ao Dom que ele tem que agradecer todos os tailandeses de todo o país e pessoas de todo o mundo que foram gentis o suficiente para vir e ajudá-lo. Sem os SEALs (Marinha tailandesa), as autoridades, e todo mundo que veio e ajudou, Dom não estaria aqui hoje. Ele não veria a sua avó, e a avó não veria mais o seu rosto”, disse.

O grupo foi encontrado por mergulhadores britânicos no dia 2 de julho. A operação de resgate mobilizou mais de 1.000 pessoas. Mergulhadores estrangeiros e oficiais tailandeses retiraram os meninos em três grupos. Os primeiros quatro meninos chegaram ao hospital domingo (8). O restante do time foi dividido em dois grupos: um retirado na segunda (9) e o último, na terça (10).

13/07/2018

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