Após a saída da Ford, a indústria enfrentou uma série de dificuldades, incluindo cortes de produção, paralisações e os impactos da escassez global de semicondutores. A conjuntura macroeconômica desfavorável, aliada aos efeitos contínuos da pandemia e ao aumento da taxa de juros, criaram um ambiente de incerteza e volatilidade.
No entanto, entre o final de 2023 e o início de 2024, a indústria automotiva brasileira começou a vislumbrar um horizonte mais positivo. Grandes montadoras anunciaram investimentos históricos que somam R$ 125 bilhões até 2033, impulsionando a retomada do setor.
Com a estabilidade política e econômica em vista, a expectativa é de um crescimento de 12% nas vendas de veículos em 2024, totalizando 2,44 milhões de emplacamentos, segundo a Fenabrave. Os programas governamentais, como o Nova Indústria Brasil e o Mobilidade Verde e Inovação, desempenham um papel fundamental nesse processo de revitalização.
O programa Mover, por exemplo, foi citado como um mecanismo inteligente para o futuro da indústria automotiva, garantindo previsibilidade para as empresas. Com a criação do Mover, diversas montadoras já anunciaram grandes investimentos no Brasil, sinalizando um cenário de crescimento e inovação para o setor.
Apesar do otimismo, ainda existem desafios a serem superados, como o acesso a empréstimos mais baratos para os consumidores e o tempo necessário para a queda da taxa de juros ser plenamente refletida nas condições de crédito. A indústria automotiva brasileira segue em um processo de transformação e recovery, com perspectivas de crescimento e desenvolvimento nos próximos anos.
