Em resposta, o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, expressou que havia acabado de tomar conhecimento da decisão da Venezuela e se pronunciaria posteriormente. Além disso, a televisão estatal venezuelana criticou fortemente os comentários do relator especial da ONU sobre o direito à alimentação, Michael Fakhri, que visitou o país e apontou falhas no programa de alimentação do governo. Fakhri destacou que o programa não aborda as causas fundamentais da fome e é suscetível a influências políticas.
O gabinete de direitos humanos da ONU está presente na Venezuela desde 2019, e o governo venezuelano alega que precisa retificar sua atitude “colonialista, abusiva e violadora”. As críticas do relator especial sobre a situação alimentar no país foram rechaçadas pelas autoridades locais, que afirmaram que a atuação da ONU precisa ser revista e que a saída dos funcionários do gabinete é necessária para a realização da revisão de cooperação.
A decisão da Venezuela gerou controvérsias e preocupação entre organizações de direitos humanos e a comunidade internacional. A expulsão dos funcionários da ONU do país pode representar um obstáculo para a avaliação independente da situação dos direitos humanos na Venezuela, além de dificultar a atuação de organizações internacionais que buscam garantir o respeito aos direitos fundamentais no país.
Em meio à crescente tensão entre o governo venezuelano e a comunidade internacional, a situação dos direitos humanos no país permanece uma questão delicada que exige uma abordagem cuidadosa e multilateral para garantir que os direitos fundamentais da população sejam respeitados. A expulsão dos funcionários da ONU é vista como um movimento que pode enfraquecer os esforços internacionais de monitoramento e proteção dos direitos humanos na Venezuela.