INTERNACIONAL – Ministro das Relações Exteriores de Israel rebate críticas da ONU sobre guerra no Oriente Médio.

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, respondeu às críticas feitas pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, sobre a guerra no Oriente Médio. Durante a reunião do Conselho de Segurança da ONU, Guterres condenou os ataques do grupo Hamas e pediu a libertação imediata dos reféns mantidos pelo grupo. No entanto, ele ressaltou que tais atos não justificam o “castigo coletivo” que Israel tem imposto à população da Faixa de Gaza.

Diante dessa afirmação, o ministro Eli Cohen rebateu as palavras de Guterres, destacando os ataques sofridos por Israel, que causaram a morte de mais de 1,4 mil pessoas e deixaram mais de 200 reféns. Cohen questionou em que mundo Guterres vive, afirmando que com certeza não é o mundo deles.

Para o ministro, Israel não apenas tem o direito, mas também o dever de se defender dos ataques do Hamas. Cohen argumentou que não é possível estabelecer um acordo de cessar-fogo com um grupo disposto a matar e destruir a existência de Israel. Ele defendeu uma resposta proporcional ao massacre ocorrido em outubro, afirmando que a destruição total de todos os membros do Hamas é a resposta adequada.

Nas redes sociais, o embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, pediu a renúncia de Guterres, acrescentando que não há sentido em dialogar com aqueles que demonstram compaixão pelas atrocidades cometidas contra os cidadãos de Israel e o povo judeu.

Após a sessão na ONU, o chanceler israelense cancelou uma reunião que teria com Guterres. A Embaixada de Israel no Brasil emitiu uma nota em que critica as declarações do secretário-geral, afirmando que suas declarações fazem parecer que há justificativa para as atrocidades cometidas pelo Hamas.

Por sua vez, António Guterres exigiu que todas as partes cumpram suas obrigações frente ao direito humanitário internacional. Ele ressaltou que até mesmo em tempos de guerra existem regras, e que devem ser tomadas precauções para evitar o ataque a civis e para proteger hospitais.

Guterres também criticou a ordem de Israel para evacuar 1 milhão de pessoas do norte para o sul de Gaza, apontando a falta de infraestrutura para recebê-las. Ele expressou profunda preocupação com as violações do direito humanitário internacional cometidas em Gaza e pediu um cessar-fogo imediato.

O ministro de Assuntos Exteriores e Expatriados da Palestina, Riyad al-Malik, agradeceu ao Brasil por convocar a reunião do Conselho de Segurança da ONU. Ele pediu o fim dos massacres contra o povo palestino e afirmou que o Conselho de Segurança e a comunidade internacional têm a obrigação de pôr fim ao conflito.

Riyad classificou os ataques israelenses como inumanos e ilegais, destacando que se trata de um castigo coletivo. Ele defendeu a intervenção do Conselho de Segurança e da comunidade internacional para acabar com a guerra.

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