A resolução em questão buscava um “cessar-fogo imediato e sustentado” com duração aproximada de seis semanas, visando proteger os civis e permitir a entrega de assistência humanitária. Mesmo com a maioria dos membros do Conselho apoiando a resolução, o veto da Rússia e China impediu sua aprovação, gerando um impasse diplomático.
A embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, lamentou a decisão tomada pelos países que vetaram a resolução, afirmando que seria um erro histórico não adotá-la. Por outro lado, o embaixador da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, argumentou que a resolução era “extremamente politizada” e poderia resultar em consequências graves para a população de Gaza.
Diante desse cenário, a França se propôs a trabalhar em parceria com a Jordânia e os Emirados Árabes Unidos para convencer a Rússia e a China a apoiarem uma nova resolução na ONU em prol de um cessar-fogo em Gaza. O presidente Emmanuel Macron destacou a importância de retomar o diálogo com base em um projeto de resolução francês, buscando o apoio de diversas nações para alcançar um acordo.
O Ministério das Relações Exteriores da França afirmou que estava preparando um novo projeto de resolução para apresentar caso a proposta dos EUA não fosse aprovada. Macron expressou otimismo diante da mudança de postura dos Estados Unidos, indicando que havia a possibilidade de obter sucesso em uma nova resolução com o apoio dos Estados árabes, caso conseguissem persuadir a Rússia e a China a não se oporem.
Nesse contexto delicado de negociações internacionais, a busca por um consenso para garantir a segurança e o bem-estar da população em Gaza continua sendo um desafio, com diversas potências mundiais exercendo suas influências e defendendo seus interesses no cenário global.