INTERNACIONAL – Conselho de Segurança da ONU não aprova cessar-fogo imediato em Gaza após veto de Rússia e China

O Conselho de Segurança da ONU teve uma reunião decisiva nesta sexta-feira (22) para discutir a aprovação de uma resolução que pedia cessar-fogo imediato em Gaza, como parte de um acordo para a libertação de reféns. No entanto, a votação não foi bem-sucedida, uma vez que a Rússia e a China, membros permanentes do Conselho com poder de veto, se posicionaram contra a proposta apresentada pelos Estados Unidos.

A resolução em questão buscava um “cessar-fogo imediato e sustentado” com duração aproximada de seis semanas, visando proteger os civis e permitir a entrega de assistência humanitária. Mesmo com a maioria dos membros do Conselho apoiando a resolução, o veto da Rússia e China impediu sua aprovação, gerando um impasse diplomático.

A embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, lamentou a decisão tomada pelos países que vetaram a resolução, afirmando que seria um erro histórico não adotá-la. Por outro lado, o embaixador da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, argumentou que a resolução era “extremamente politizada” e poderia resultar em consequências graves para a população de Gaza.

Diante desse cenário, a França se propôs a trabalhar em parceria com a Jordânia e os Emirados Árabes Unidos para convencer a Rússia e a China a apoiarem uma nova resolução na ONU em prol de um cessar-fogo em Gaza. O presidente Emmanuel Macron destacou a importância de retomar o diálogo com base em um projeto de resolução francês, buscando o apoio de diversas nações para alcançar um acordo.

O Ministério das Relações Exteriores da França afirmou que estava preparando um novo projeto de resolução para apresentar caso a proposta dos EUA não fosse aprovada. Macron expressou otimismo diante da mudança de postura dos Estados Unidos, indicando que havia a possibilidade de obter sucesso em uma nova resolução com o apoio dos Estados árabes, caso conseguissem persuadir a Rússia e a China a não se oporem.

Nesse contexto delicado de negociações internacionais, a busca por um consenso para garantir a segurança e o bem-estar da população em Gaza continua sendo um desafio, com diversas potências mundiais exercendo suas influências e defendendo seus interesses no cenário global.

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