Dentre os repatriados, estava a pesquisadora Priscila Grimberg, que foi receber sua filha, Maia, de 15 anos, que havia passado dois meses em Tel Aviv para estudar. Priscila relata que estava ciente do histórico do país em relação aos ataques de foguetes, mas a situação atual foi diferente. Segundo ela, a agonia maior era presenciar invasões, sequestros e assassinatos. A chegada da filha foi marcada por um abraço caloroso e lágrimas de alívio, com Maia expressando o quão bom era estar nos braços da mãe após passar por momentos angustiantes.
Outro brasileiro repatriado, Thiago Giraldi, de 15 anos, estava acompanhado pelo pai. Eles estavam em Israel a turismo quando o confronto começou. Embora estivessem em uma região distante dos locais atacados pelo Hamas, a proximidade com o Líbano, país sede do grupo Hezbollah, também inimigo de Israel, acabou causando tensão. Por precaução, optaram por antecipar a repatriação e voltar na aeronave da FAB. Thiago descreve a sensação de insegurança e medo quando a sirene tocava. Seu avô, José Lúcio Geraldi, que o aguardava no aeroporto, expressou alívio e torceu para que outros avós pudessem desfrutar do mesmo reencontro emocionante com seus netos.
Os ataques do Hamas e a retaliação israelense também afetaram as férias de Rafael Borsani, um administrador de sistemas. Ele estava em uma cidade ao norte de Tel Aviv quando os primeiros ataques ocorreram. Sua volta ao Brasil estava marcada para o dia 21, mas teve que ser antecipada devido à situação tensa. Apesar da experiência ruim, Rafael se consola ao lembrar que a repatriação ocorreu com sucesso, proporcionando alívio e segurança.
O voo da FAB que chegou na madrugada ao Rio de Janeiro foi o quarto da Operação Voltando em Paz, realizada pelo governo federal. Até o momento, 701 brasileiros já foram repatriados em voos da FAB desde o início da operação. Os voos de Israel para o Brasil têm duração de cerca de 14 horas. Outros voos de repatriação estão sendo avaliados pelo Ministério de Relações Exteriores.
Enquanto a repatriação dos brasileiros em Israel é possível através dos voos da FAB, a logística para trazer os brasileiros em Gaza é mais complicada devido aos ataques e ao envolvimento do Egito. No entanto, o governo brasileiro contratou ônibus para transportar os brasileiros até a fronteira egípcia e está aguardando a liberação pela passagem de Rafah. A segurança dos brasileiros está sendo garantida pelo governo israelense.
Infelizmente, três brasileiros foram confirmados como vítimas dos ataques do Hamas em Israel. O governo brasileiro repudia veementemente todos os atos de violência contra a população civil e disponibiliza contatos de emergência para os brasileiros em situação de risco. A operação de repatriação continua em andamento, buscando trazer de volta o máximo de brasileiros possível, garantindo sua segurança e bem-estar.
