O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia defendido a candidatura do Brasil para sediar a COP30 durante a COP27 no Egito, antes mesmo de assumir o cargo. Esta será a primeira vez que a conferência ocorrerá na Amazônia, coincidindo com o marco de 10 anos do Acordo de Paris, assinado em 2015 durante a COP21 na capital francesa. O país deve receber cerca de 50 mil visitantes durante o evento, de acordo com estimativas do Ministério das Relações Exteriores.
Em sua declaração, a ministra Marina Silva ressaltou a importância da Amazônia na questão do clima, destacando a conexão entre as convenções de Biodiversidade, Clima e Desertificação assinadas durante a Rio 92. A região amazônica é considerada essencial no combate ao aquecimento global, e a realização da COP30 na cidade de Belém é vista como um reconhecimento dessa importância.
A crise climática global tem sido impulsionada pela crescente emissão de gases do efeito estufa na atmosfera, resultantes sobretudo da queima de combustíveis fósseis. Os impactos dessa crise são evidentes através de eventos extremos como o calor excessivo, secas prolongadas e chuvas intensas. O Acordo de Paris, assinado por 195 países, estabeleceu metas para a redução das emissões, visando limitar o aumento da temperatura global a menos de 2ºC acima dos níveis pré-industriais.
A escolha do Brasil como sede da COP30 representa um marco significativo na luta contra as mudanças climáticas e coloca o país em posição de destaque no cenário internacional. A realização da conferência na Amazônia, um dos biomas mais importantes do mundo, trará ainda mais visibilidade para a necessidade de proteger o meio ambiente e buscar soluções sustentáveis para as questões climáticas.