O governo brasileiro expressou profunda consternação diante do ataque israelense ocorrido em 1º de abril, que resultou na morte dos sete trabalhadores da ONG humanitária. Além disso, o Itamaraty destacou o repúdio aos danos humanos e materiais causados pela invasão ao hospital Al-Shifa, que é responsável por cerca de 30% da capacidade hospitalar de Gaza, impactando negativamente o atendimento à população necessitada. A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que o centro hospitalar foi severamente comprometido e não pode mais prestar assistência médica adequada.
A nota oficial do Itamaraty também prestou homenagem aos familiares e povos dos países cujos cidadãos foram vítimas do ataque à ONG de ajuda humanitária. Trabalhadores de Austrália, Reino Unido, Estados Unidos, Canadá e Polônia perderam suas vidas nesse trágico ocorrido.
Além disso, o comunicado destacou a lamentável estatística de mais de 200 agentes humanitários mortos na Faixa de Gaza desde outubro de 2023, um número recorde na história da ONU. O MRE pediu que Israel cumpra com a exigência de cessar-fogo imediato aprovada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas e relembrou a importância das medidas cautelares proferidas pela Corte Internacional de Justiça.
Por outro lado, o governo israelense afirmou que o ataque aos trabalhadores da ONG foi realizado por engano e expressou seu pesar pelas mortes. A suspensão das entregas de alimentos em Gaza após o atentado teve um impacto negativo significativo, com cerca de 240 toneladas de comida deixando de ser distribuídas para a população já vulnerável.
Os Estados Unidos e outros países aliados de Israel pediram investigações sobre o ataque ao comboio humanitário, que gerou repercussão internacional. Diante das alegações de que o Hospital Al Shiva estava sendo utilizado por militantes do Hamas, a OMS afirmou ser inaceitável qualquer ataque militar contra instalações de saúde.
Dessa forma, a situação na Faixa de Gaza segue sendo monitorada de perto pelas autoridades internacionais, com apelos constantes pela proteção dos civis e trabalhadores humanitários que estão na linha de frente dessa crise humanitária. A esperança é que medidas efetivas sejam tomadas para garantir a segurança e o respeito aos direitos humanos na região.