Iniciativas do Gabinete Civil propõem que alagoanos conheçam melhor o Estado

A memória é um dos alicerces que dá sentido à vida. E com um estado não é diferente. Preservar a memória de Alagoas é mantê-la viva, além de ser uma forma de fortalecer suas raízes. Mas para que essa memória seja preservada, é preciso conservar fotografias, documentos e textos e organizar, de forma eficiente, os registros de seus fatos históricos.

E é isso que a Secretaria de Estado do Gabinete Civil, por meio do Arquivo Público de Alagoas (APA), tem realizado. Durante a 8ª Bienal Internacional do Livro, por exemplo, a pasta contou com um espaço de 48 metros quadrados, levando às pessoas importantes fatos e acontecimentos do passado alagoano, por meio de uma linha do tempo bem interativa e dinâmica. O estande traçou uma linha do tempo da história de Alagoas nos séculos 17 e 18, abrangendo os 200 anos de sua emancipação.

“Procuramos trazer um material rico em história, mas que ficasse na memória de quem veio prestigiar nossos arquivos históricos. O autoconhecimento e o amor próprio da população alagoana devem ser estimulados e acreditamos que uma das maiores soluções para a nossa cidadania é valorizar nossa história do ponto de vista cultural, social e histórico. Mais do que nunca se faz necessário investir na pesquisa, divulgação e debate sobre Alagoas”, destacou o secretário do Gabinete Civil, Fábio Farias.

Além da mostra de documentos históricos, o Arquivo Público ofereceu oficinas com dicas de conservação e preservação de acervos arquivísticos e bibliográficos. Entre estudantes, professores e os próprios servidores públicos do Estado, muitas pessoas ficaram interessadas em aproveitar a visita à Bienal para levar para casa um pouco mais de informação e aprendizado.

Para a diretora do Arquivo Público, Wilma Nóbrega, a guarda de documentos históricos é de fundamental importância para a otimização e presteza nos serviços, assim como a sua preservação precisa ser feita de forma adequada. “A realização das oficinas na Bienal nos permitiu passar novos conhecimentos para as pessoas, e ajudá-las a promover a continuidade de nossa história através de documentos importantes. A umidade e temperatura, poeira, poluição, manuseio e acondicionamento inadequados foram algumas das temáticas abordadas em nossa oficina”, afirmou Wilma.

Sucesso

As visitas de milhares de pessoas ao estande do Arquivo Público comprovaram que o resgate da história alagoana teve uma adesão significativa ao público da Bienal. Foram estimadas mais de 100.000 visitas, entre estudantes, professores, mestres, doutores, turistas e pessoas das mais diferentes classes sociais e culturais à mostra do Arquivo Público. As crianças também ficaram encantadas com a disposição dos mapas e fotografias antigas, que chamavam a atenção.

Conforme Wilma Nóbrega, um dos diferenciais do estande dos 200 anos de Emancipação Política de Alagoas foi o seu formato inovador, que chamou a atenção de todos que passavam pelos corredores da Bienal. “Nós quisemos fugir da mesmice e em vez de trazer apenas textos contando a história de nosso Estado, montamos um cenário interativo, que atraiu a atenção dos visitantes. A cada passo e leitura realizada, os visitantes queriam descobrir o próximo episódio da história de Alagoas a ser contado no mapa ou fotografia seguinte”, contou a diretora.

Como resultado positivo das visitas, muitas escolas públicas e privadas da rede de ensino de Alagoas já deixaram agendadas visitas futuras à sede do Arquivo Público, no bairro de Jaraguá.

Depoimentos

Conhecer o próprio estado rendeu boas surpresas a estudantes como Mariana Lima, por exemplo. Ela é pernambucana, e fala que desde bem nova aprendeu a história de seu estado de origem. “Ver outra vertente da história de Pernambuco sob os olhos de Alagoas é simplesmente encantador. Lembra que somos todos, verdadeiramente, estados irmãos”, declarou.

“Um trabalho que retrata e enaltece a nossa história”, “uma bela exposição de resgate à história de Alagoas” e uma “interessante exposição para ampliar os horizontes de nossa cultura” foram como algumas pessoas resumiram a participação do Gabinete Civil no evento. Essas palavras foram citadas pelos próprios visitantes, que fizeram questão de deixar por escrito no livro de registros do evento a experiência que viveram.

Andresa Porfírio também saiu encantada da viagem no tempo. Ela salienta que foi com muito orgulho que visitou o estande, pois é um privilégio contar com informações que a ajudam a entender as raízes históricas de seu estado. “Existem muitas informações valiosas sobre a nossa história e nem sempre temos tempo ou oportunidade de ir atrás de informações como essas. O estande nos trouxe essa perspectiva, além despertar dentro da gente o desejo de conhecer mais nosso próprio estado”, disse ela, ao elogiar a dinâmica de apresentação do estande. “A estrutura ficou surpreendente e toda vez que observo todas essas histórias fico maravilhada!”, disse a estudante.

Novos projetos

A partir de mapas e fotografias que propuseram mostrar faces pouco conhecidas do estado, os projetos do Arquivo Público, durante a 8ª Bienal do Livro, ganharam corpo com novos eventos programados para os próximos dias.

“De Norte ao Sul do Estado, foram muitos os interessados em levar a nossa exposição para outras partes de nossa Alagoas. Por isso, estamos fechando parcerias para levar nosso estande aos shoppings da cidade de Maceió e, futuramente, a outros locais públicos, firmando nossa proximidade com a comunidade alagoana”, contou o secretário Fábio Farias, ao comemorar o balanço positivo que a Bienal trouxe para o Estado.

Serviço

Quem não teve a oportunidade de visitar o estande do Arquivo Público de Alagoas na 8ª Bienal Internacional do Livro, poderá conferir todos os documentos, que estarão disponíveis no Portal Alagoas 200 anos, na aba “Aqui tem Memória”.

Para visitar pessoalmente os registros, fotografias e imagens da Alagoas dos séculos 17 e 18, assim como diversos documentos importantes sobre a história do Estado, o interessado poderá visitar gratuitamente a sede do Arquivo Público de Alagoas, que fica na Rua Sá e Albuquerque, no Jaraguá.

Ascom – 21/10/2017

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