A hipercalcemia, condição caracterizada pelo acúmulo excessivo de cálcio no corpo devido à ingestão elevada de vitamina D, foi a causa da morte de Mitchener, que ocorreu apenas dez dias após sua internação no Hospital East Surrey. Essa condição pode debilitar os ossos e causar danos nos rins e no coração, conforme apontou um médico legista que acompanhou o caso.
O médico observou que os suplementos consumidos por Mitchener nos nove meses anteriores não possuíam alertas sobre os possíveis riscos ou efeitos colaterais da ingestão em doses elevadas da substância. Diante disso, Jonathan Stevens escreveu para a Agência de Padrões Alimentares e para o Departamento de Saúde e Assistência Social da Inglaterra sugerindo a inclusão de advertências nas embalagens de suplementos vitamínicos, a fim de alertar os consumidores sobre os perigos do consumo excessivo.
Stevens tomou essa medida preventiva após se deparar com outro caso de um homem que precisou ser hospitalizado por oito dias devido a sintomas como vômitos, náuseas e cãibras nas pernas, decorrentes de um regime intensivo de suplementos vitamínicos. A família de Mitchener preferiu não comentar sobre o trágico episódio quando procurada pelo Daily Mail.
Essa fatalidade levantou questões sobre a regulação e as informações fornecidas pelos fabricantes de suplementos alimentares, destacando a importância da conscientização dos consumidores sobre os riscos associados ao uso indiscriminado desses produtos.