Na última quinta-feira (25), um homem foi condenado a 23 anos, quatro meses e 18 dias de reclusão por estuprar a própria sogra, uma idosa de 78 anos. O criminoso será acusado por estupro de vulnerável, cárcere privado e maus-tratos. Sua filha, também envolvida no crime, também foi condenada.
A sentença foi proferida pela juíza Lígia Mont’Alverne Jucá Seabra, titular do Juizado Especial Cível e Criminal e de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Comarca de União dos Palmares. Além da prisão, o acusado terá que cumprir dois meses e 27 dias de detenção e pagar 80 dias de multa. Ele iniciará a pena em regime fechado, sem direito a liberdade condicional.
A filha da vítima foi condenada por cárcere privado, maus-tratos e apropriação de bens, recebendo uma sentença de quatro anos e quatro meses de reclusão, além de dois meses e 20 dias de detenção e o pagamento da multa. A juíza determinou uma reparação mínima por danos morais de R$ 50 mil em favor da vítima, destacando que os relatos desta foram fundamentais para a sentença.
Segundo as investigações, os crimes começaram quando a filha e o genro se mudaram para a casa da idosa em 2018. A vítima relatou que era deixada sozinha e trancada durante a noite, sendo tocada pelo genro de forma indevida enquanto dormia. Além dos abusos, a filha do casal presenciou algumas situações, mas foi ameaçada e não conseguiu intervir.
A mulher idosa sofreu violências físicas por mais de um ano, além de não ter posse de seus bens financeiros, já que a filha ficava com seus cartões e salários. Os acusados também realizaram empréstimos sem autorização.
Testemunhas afirmam que a idosa era deixada sem comida por várias horas e trancada com cadeado, levando-a a tomar medicamentos devido ao trauma. O caso foi investigado e a sentença foi dada com base nos depoimentos e provas apresentadas durante o processo.
Essa condenação representa um passo importante na luta contra a violência doméstica e o abuso de vulneráveis, mostrando que a justiça está atenta e combatendo atos criminosos que ferem os direitos humanos e a dignidade das pessoas.
