Herdeiro de Miliciano é Morto a Tiros em Ataque no Rio de Janeiro, Aumentando Número de Vítimas em 2023

Tragédia na comunidade Três Pontes, na zona oeste do Rio de Janeiro, com a morte de Antônio Carlos da Costa Pinto, conhecido como Pit, e de seu filho, Allef Miguel Martins Pinto, de apenas 9 anos. Pit, um miliciano de 44 anos, foi vítima de disparos de armas de fogo na última sexta-feira, 29, e Alef estava em estado gravíssimo desde o ataque e veio a falecer no dia seguinte no Hospital Municipal Miguel Couto.

Pit era visto como possível sucessor de Luiz Antonio da Silva Braga, conhecido como Zinho, o antigo chefe do grupo criminoso na zona oeste do Rio, que se entregou à Polícia Federal no domingo anterior à morte de Antônio Carlos. As mortes estão sendo investigadas pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).

O Instituto Rio de Paz revela que o caso de Alef é o 14º de criança ou adolescente morto por arma de fogo no Estado do Rio de Janeiro em 2023. Segundo a instituição, este é o maior número de mortes deste tipo desde 2007. Com a morte de Alef, o total de vítimas registradas pelo instituto chega a 105.

Os fatos ocorreram no contexto de uma ocorrência de possível atentado na comunidade Três Pontes, sendo que Pit foi encontrado morto dentro de um carro com marcas de tiro. Já Alef precisou receber os primeiros socorros na Unidade de Pronto Atendimento de Paciência, antes de ser transferido para o Hospital Municipal Miguel Couto, onde acabou falecendo. A mesma ocorrência resultou na morte de outro homem, Leonel Patrício de Moura, de 36 anos, e deixou outras duas pessoas feridas.

A sucessão no comando da milícia tem sido tema de destaque nos últimos anos. Pit, que chegou a ser preso em 2019 por integrar a organização criminosa da zona oeste do Rio, foi apontado como possível sucessor de Zinho, atualmente preso. Ecko, irmão de Zinho, foi assassinado em 2021 em confronto com a polícia. Já Faustão, braço direito de Zinho, foi morto em confronto com agentes da polícia em outubro, levando a retaliações por parte dos milicianos, que resultaram no maior ataque a ônibus da história do município.

As investigações sobre a morte de Antônio Carlos da Costa Pinto e de seu filho estão em andamento, em um contexto em que a violência armada tem tirado a vida de dezenas de crianças e adolescentes no Rio de Janeiro. A segurança pública segue como um grande desafio para as autoridades, que buscam encontrar soluções para conter a atuação das milícias e garantir a proteção da população, especialmente das crianças e dos jovens que vivem em regiões dominadas pelo crime organizado.

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