A governadora do estado de Guerrero, Evelyn Salgado Pineda, anunciou hoje que 30 equipes de resgate estão atuando na região afetada. “Até o momento, conseguimos encontrar 152 pessoas graças aos esforços dessas equipes”, escreveu Pineda em uma rede social.
Além disso, o governo informou que mais da metade da população já teve a energia elétrica restabelecida. Segundo a consultora Enki Research, especializada em fenômenos naturais, os danos causados pelo furacão Otis já somam cerca de 15 bilhões de dólares.
No entanto, o último relatório do governo federal contradiz um comunicado divulgado no domingo, que informava sobre 48 mortos e seis desaparecidos. A contagem das vítimas tem sido lenta devido às dificuldades causadas pela queda das telecomunicações e do serviço de energia elétrica, que estão sendo gradualmente restabelecidos.
O furacão Otis atingiu a categoria 5, o máximo na escala Saffir-Simpson, causando uma grande destruição no Pacífico mexicano e deixando o setor turístico de Acapulco em ruínas. O fenômeno surpreendeu meteorologistas e autoridades ao se intensificar rapidamente, passando de tempestade tropical para um furacão de categoria 5 em apenas seis horas antes de tocar o solo. Normalmente, as autoridades têm cerca de 24 horas para se preparar e permitir que a população estoque alimentos e água antes da chegada de um furacão.
A distribuição eficiente da ajuda humanitária e a restauração dos serviços têm sido prioridades do governo para lidar com a situação. O presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador sobrevoou a área afetada e se reuniu com funcionários responsáveis pelas operações de socorro à população.
A ajuda do governo e de organizações privadas começou a ser distribuída na área atingida na última sexta-feira (27), após a reabertura do aeroporto de Acapulco e a normalização do trânsito nas estradas. No entanto, o processo tem sido lento e a população exige mais ajuda enquanto se esforça para limpar os estragos em suas casas e comércios. Alguns moradores têm recorrido a saques e roubos por estarem desesperados por alimentos e água.
A situação é especialmente desafiadora para aqueles que dependem do turismo, como Eva Luz Vargas, uma residente da região que trabalha com turismo e teme pelo futuro incerto. “Queremos que o governo nos ajude porque, sinceramente, tudo está muito feio”, desabafa.