Governo Lula suspende contratos de publicidade no X após críticas de Musk; suspensão sem prazo definido reflete embate político.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu suspender a formalização de novos contratos de publicidade no X (antigo Twitter) nesta sexta-feira, 12. A medida foi adotada após o bilionário Elon Musk, dono da plataforma, usar o espaço para fazer críticas ao presidente e ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Segundo informações da Secretaria de Comunicação Social (Secom), a suspensão foi baseada em uma norma que restringe a veiculação de anúncios do governo em canais que disseminam desinformações. A decisão não tem prazo para acabar e permanecerá em vigor até que o Planalto decida sobre um embargo definitivo à plataforma de Musk.

De acordo com dados disponíveis no Portal da Transparência, entre janeiro e abril deste ano, o governo Lula investiu cerca de R$ 654 mil em contratos de publicidade no X. Diversos Ministérios e a Presidência da República destinaram verbas para impulsionar “publicações de utilidade pública” e ações de comunicação institucional na rede social.

A Secom foi a campeã em repasses à plataforma, com mais de R$ 263 mil destinados através de 37 contratos desde o início do governo Lula. Por sua vez, o presidente Lula estreou na rede social BlueSky nesta sexta-feira, compartilhando informações sobre sua visita a uma planta frigorífica no Mato Grosso do Sul, que obteve licença para exportar produtos para a China.

Elon Musk provocou polêmica ao chamar Alexandre de Moraes de “ditador” e afirmar que o magistrado tem Lula “na coleira”. As declarações geraram uma resposta do ministro, que incluiu o empresário como investigado em um inquérito sobre milícias digitais. Em meio a trocas de farpas, Lula criticou indiretamente o bilionário em eventos do governo, sugerindo que ele deveria direcionar seus recursos para questões ambientais.

A contenda entre o governo Lula, Elon Musk e o ministro Alexandre de Moraes continua a suscitar discussões sobre liberdade de expressão, censura e responsabilidade nas redes sociais. O embate entre forças políticas e grandes empresários promete continuar a despertar interesse e debates dentro e fora do país.

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