Nas imagens, presos denunciavam a falta de água na penitenciária. Eles foram transferidos de Bangu 6 para Bangu 1.
A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) identificou nesta terça-feira (10) os seis presos que fizeram um vídeo denunciando a falta de água na Penitenciária Lemos de Brito (Bangu 6), divulgado pelo G1 no domingo (8). Eles foram transferidos para a Penitenciária Laércio da Costa Pelegrino (Bangu 1), no mesmo Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio.
Os presos identificados são: Ivo Alves Silva, Fábio Oliveira Monteiro, Julio Cesar de Souza, Éverton Santana dos Santos, Anderson da Silva de Souza e Alexssandro Duarte da Silva.
O problema de abastecimento começou em 27 de dezembro passado e está contribuindo para aumentar a tensão entre os criminosos. De acordo com a Seap, o complexo penitenciário abriga quase 50 mil detentos em 21 unidades prisionais.
Preocupação
Na manhã de segunda-feira (9), durante coletiva para detalhar plano para combater o tráfico de armas, o secretário de Segurança Pública, Roberto Sá, ressaltou a preocupação com o sistema carcerário do RJ.
O clima no presídio ficou ainda mais pesado com o pedido de advogados de uma facção criminosa para que os milicianos e policiais que dividem a Penitenciária Lemos de Brito (Bangu 6) com os traficantes sejam transferidos para outra prisão, deixando a cadeia apenas para os integrantes do tráfico.
O governo ainda não decidiu que grupo será transferido. Os advogados usam como argumento o massacre no Complexo Penitenciária Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, onde 56 presos foram mortos. A unidade do Amazonas era dividida por duas facções criminosas.
O Grupo de Intervenção Tática (GIT) da Seap foi colocado no interior da unidade entre as galerias e na ala externa, numa tentativa de evitar possíveis invasões ou fugas de integrantes de algum dos dois grupos. Os traficantes que cumprem pena na unidade querem que o Lemos de Brito fique apenas com eles.
g1
10/01/2017