Forças de Defesa de Israel ampliam prazo para evacuação do norte de Gaza, em meio à ameaça de invasão terrestre

A tensão continua a aumentar no conflito entre Israel e Palestina, com a iminência de uma incursão terrestre na Faixa de Gaza por parte das Forças de Defesa de Israel (FDI). As FDI deram três horas adicionais para que os palestinos abandonassem suas casas no norte da Faixa de Gaza e se deslocassem para o sul do território, antes do início de possíveis operações terrestres. Esse prazo se encerrou às 13h do domingo.

Segundo porta-vozes militares, uma “decisão política” será determinante para o início de uma grande ofensiva terrestre em Gaza. O tenente Richard Hecht e Daniel Hagari afirmaram em briefings separados que as FDI estão em discussão com a liderança política para tomar essa decisão. No entanto, não foi dado um prazo ou detalhes sobre quando essa decisão será tomada.

No comunicado divulgado pelas forças israelenses, foi mencionado que os líderes do Hamas já teriam garantido sua segurança e a de suas famílias. Isso sugere que os militares não esperam encontrar os mandantes do ataque terrorista de 7 de outubro em Gaza.

A possível invasão terrestre em Gaza vem sendo especulada desde o ataque do grupo palestino na semana passada. No sábado, os militares israelenses afirmaram abertamente a necessidade de uma “manobra terrestre” e que ela exigirá a entrada no centro de Gaza para alcançar o objetivo de chegar aos integrantes do Hamas.

Os detalhes operacionais da ofensiva ainda não foram definidos, mas os militares israelenses destacaram que estão preparados para as próximas fases da guerra, com ênfase em uma operação terrestre significativa. Analistas acreditam que a dimensão do impacto de uma eventual invasão de Gaza é difícil de estimar, tanto para Israel quanto para os palestinos.

Enquanto isso, a população civil em Gaza enfrenta desafios tanto com a possibilidade de uma operação militar quanto com a campanha de sufocamento imposta a eles. A ONU emitiu um alerta de que pelo menos 2 milhões de pessoas estão sob risco de ficar sem água na região, que já sofre com escassez de combustível e dificuldades no abastecimento elétrico.

Além disso, quase 1 milhão de pessoas foram desalojadas desde o início do conflito, há oito dias, e 35 mil pessoas estão abrigadas no maior hospital de Gaza, em antecipação à invasão terrestre. Enquanto as condenações internacionais ao modus operandi de Israel continuam, o Hamas aproveita o cenário para denunciar crimes de guerra cometidos pelo Estado judeu, alegando incapacidade de derrotar os combatentes do grupo terrorista. Ambos os lados se acusam mutuamente pela escalada da violência e pela falta de moderação na resposta ao conflito.

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