Thayna Lobato Vieira, advogada representante de uma das famílias afetadas, compartilhou relatos preocupantes em entrevista ao site de notícias Gazetaweb. Ela descreveu uma situação de desocupação forçada, onde uma moradora teve um princípio de derrame e a família teve que sair às pressas, deixando para trás documentos e animais de estimação.
De acordo com Thayna, a família solicitou autorização para retornar ao imóvel na quinta-feira, mas o pedido foi inicialmente negado pela Defesa Civil do Município. Após protocolarem um pedido de urgência, um magistrado da Justiça Federal prontamente atendeu, permitindo que não apenas a família representada por Thayna, mas também outras em situação semelhante, temporariamente retornem para recuperar seus pertences.
A decisão judicial estabelece que os moradores deverão ser acompanhados por membros da Defesa Civil, que determinarão o melhor dia e horário para o retorno, visando garantir a segurança das pessoas.
“A família está em contato com a Defesa Civil para entender os procedimentos que possibilitarão esse retorno”, acrescentou Thayna.
A situação dos moradores do bairro do Mutange é um reflexo do impacto causado pela operação da mina 18. A empresa Braskem está no centro de uma crise de desocupação e deslocamento de famílias devido aos riscos associados à mineração.
A autorização para a volta temporária das famílias e a assistência da Defesa Civil representam um passo importante no processo de recuperação e reconstrução para essas comunidades afetadas. No entanto, a situação permanece delicada e requer atenção contínua por parte das autoridades e órgãos responsáveis para garantir a segurança e bem-estar dos moradores.
