Facção criminosa de São Paulo realiza buscas sobre endereços de presidentes da Câmara e do Senado em Brasília, apontam relatórios de inteligência.

Integrantes de uma facção criminosa de São Paulo realizaram buscas sobre os endereços dos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em Brasília, com o intuito de realizar uma “missão”. Relatórios de inteligência do Ministério Público de São Paulo e da Polícia Federal apontam que a facção teria planos envolvendo os líderes do Legislativo.
De acordo com informações publicadas pelo jornal Folha de S. Paulo e confirmadas pelo GLOBO, não há detalhes nos documentos sobre o que os criminosos pretendiam com a pesquisa. Pessoas com conhecimento das apurações afirmam que estes estudos relativos aos endereços de Lira e Pacheco eram “preliminares” e “iniciais”.
Durante a investigação sobre o plano do Primeiro Comando da Capital (PCC) para sequestrar o senador Sergio Moro (União Brasil-PR), a descoberta sobre o levantamento dos endereços dos presidentes da Câmara e do Senado ocorreu. A Polícia Federal encontrou imagens aéreas das residências oficiais de Lira e Pacheco, com comentários sobre os imóveis, durante a análise de aparelhos celulares apreendidos na investigação sobre Moro.
De acordo com o Ministério Público de São Paulo, a facção teria enviado um grupo de integrantes para a capital federal para pôr o plano em prática. Nos celulares analisados foram encontrados registros de pesquisa do site Trovit sobre imóveis para compra na Península dos Ministros, no Lago Sul, área onde ficam as residências dos chefes do Legislativo.
Segundo o MP, esses indicativos “demonstram que houve determinação da cúpula para que esse setor do PCC, a célula Restrita, realizasse esses levantamentos das referidas autoridades da República”. O relatório aponta que em 9 de maio deste ano, Janeferson Gomes, apontado como chefe da célula Restrita até então, acionou outros integrantes do PCC para a ação.
Em março deste ano, uma operação da PF desarticulou o plano para sequestro de Moro. A tentativa começou a ser estudada depois que o ex-juiz, enquanto ministro, determinou a transferência de integrantes da facção detidos a presídios federais de segurança máxima, sem direito a visitas. Depois da ordem, 13 criminosos começaram a costurar o plano para o sequestro do ex-juiz, aponta o MPF.

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